Filme Saiu das páginas

A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata – Filme

A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata” é desses títulos de suma importância aqui no Cheiro de Livro. Ele inspirou o um episódio do LitCast e foi o primeiro livro que a Frini comentou no Clube do Livro Saraiva. Por isso quando anunciaram que fariam o filme no longínquo 2011 nós começamos a acompanhar o desenrolar da adaptação para o cinema. O filme acabou sendo lançado pelo Netflix e lá fui eu assistir o mais depressa possível.

Não sou dessas que acredita que cada pagina do livro deve ser uma cena, pelo contrário, sei bem que livro e cinema são dois meio diferentes e adaptações pegam a história e a ajustam ao meio tomando algumas liberdades. Aqui o que se fez foi fazer do livro um leve romance e isso não é um problema. A relação de Juliet (Lily James) com a Sociedade Literária se desenvolve muito rápido e isso pode incomodar os fãs do livro, falta toda aquela troca de cartas que nos faz conhecer cada integrante. Eles nos são mostrados ainda no primeiro terço do filme e conhece-los e ver Guernsey em “carne e osso” é uma ótima experiência.

Toda a trama e o drama da ocupação nazista foram colocados como um pano de fundo bem mais leve e menos vívido. Onde o livro mostrava um território inglês ocupado tentando resistir aos nazistas e depois se esforçando para se reconstruir o filme mostra uma ilha linda que teve momentos difíceis no passado. A chegada de Juliet na ilha é o primeiro passo da cura de todos, um momento de expor feridas e começar a cicatriza-las. Isso existe na adaptação de Kevin Hood, Don Ross e Tom Bazucha mas é bem mais focado em Juliet e sua recuperação de ter sobrevivido a guerra e aos bombardeios a Londres.

O Mark de Glen Powell é bem mais charmoso e bem menos babaca do que me lembro do livro o que é ótimo e ao mesmo tempo dá uma certa dó também. Dawnsey (Michiel Huisman) é tudo que se pode imaginar, um pouco menos tímido, mas mesmo assim condizente com o todo. O maior problema é o pouco tempo de tela que Elizabeth (Jessica Brown Findlay) tem, sua importância está lá, seria impossível diminui-la, mas é bem menor do que na história original.

É desses filmes fofos, leves que fazem bem ao espectador. Vale ler o livro e ver o filme, em qualquer ordem.

 

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