Quando me disseram que “Beleza Perdida” era uma releitura de “A Bela e a Fera”, me interessou ler. Só não estava preparada para que o livro fosse tão mais do que isso.
A história parece ser simples: a protagonista – Fern Taylor – é uma menina normal, considerada feia e extremamente romântica (lê e escreve romances como se não houvesse amanhã). Ambrose Young é lindo, perfeito e o melhor atleta da escola. Ela é apaixonada por ele. Ele – muito tímido e sensível – curte a melhor amiga dela, Rita (que é linda). Mas ele não sabe que os bilhetes que recebe de Rita, que são a razão que o fizeram se interessar por ela, foram na verdade escritos por Fern.
Além desse trio complicado, temos o melhor personagem da trama: Bailey, primo e melhor amigo de Fern. Bailey tem uma doença degenerativa que o colocou em uma cadeira de rodas, mas que só fortaleceu seu espírito. Ah, e ele é apaixonado por Rita desde sempre.
Tudo parece o seu típico romance jovem até os atentados de 11 de setembro acontecerem. Em seguida, Ambrose e seus amigos do time de luta da escola se alistam no exército e vão para o Iraque. E tragédia volta com Ambrose.
Com o corpo coberto por cicatrizes e com o coração e a consciência dilacerados, Ambrose encontra em Fern a chance de se reconstruir.
E não posso falar mais da trama para não estragar. Porque, sim, tem muito mais coisa que rola nas páginas e entrelinhas de “Beleza Perdida”.
Escrito por Amy Harmon, o livro traz tragédias reais, sentimentos e atitudes reais e como devemos nos permitir uma segunda chance. Não é apenas sobre amar além das aparências, mas sim amar incondicionalmente, honrar amigos e sacrifícios e seguir em frente, mesmo que sozinhos.
“Beleza Perdida” é romântico, triste demais e altamente reflexivo e positivo sem aquela sensação de “lição de moral”, sabe? Não é uma série. É um só, porque só precisa de um livro para contar essa belíssima história.
Prepare o coração, o lenço e boa leitura.
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