A policia encontrar um corpo feito por partes de seis corpos, uma jornalista recebe a lista com o nome das próximas seis vitimas, o detetive Fawkes, conhecido como Wolf, é o centro da investigação. O plot do livro de estreia de Daniel Cole (tradução de Marcelo Mendes) é o mínimo intrigante.
Cole escreveu “Boneco de Pano” inicialmente como um piloto para uma série de tv e esse talvez seja o grande problema do livro. Os personagens e a trama tem cara de que foram feitos para durar bem mais do que um livro. A primeira impressão que se tem é que se está lendo o meio de uma série e não o primeiro livro, falta aprofundamento na reação entre os personagens. É como se os personagens já fossem nossos conhecidos e não precisassem de uma apresentação melhor. O mais gritante nesse sentido é a relação de Wolf com Baxter, precisa de bem mais explicação ali para se entender os dois personagens e a dinâmica entre eles.
A história é boa e o vilão é interessante, mas tem cara de que não era para tudo se resolver em um livro. O vilão é desses que comporiam perfeitamente um grande arco de temporada para que os nossos heróis resolvessem tudo depois de 24 episódios. Ao solucionar tudo em um livro a historia perde um pouco o impacto. As reviravoltas da historia precisariam de mais tempo para gerar a surpresa que deveriam. Mesmo com esse problemas de desenvolvimento os assassinatos são ótimos, são engenhosos, daqueles que dá até vontade de torcer pelo assassino só para ver o que ele vai fazer em seguida.
Para um livro de estreia “Boneco de Pano” é bem consistente, tem uns problemas aqui e ali mas nada que comprometa o todo. É um policial regular, que flerta com os crimes criativos da série de Tess Gerritssen, que eu adoro. Esse é só o primeiro livro de uma série que terá Wolf como protagonista, aguardo o segundo livro para ver a evolução.
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