Entrevista

Entrevista exclusiva com Nicola Yoon

Autora de “O sol também é uma estrela” conversou com o Cheiro de Livro. Chega mais e apaixone-se!

Quando a Editora Arqueiro me ofereceu a oportunidade de entrevistar Nicola Yoon – autora do apaixonante “O sol também é uma estrela” -, surtei bonito! Mal acreditei! Então MUITO obrigada, seus lindos!

A resenha de “O sol também é uma estrela” você encontra em texto aqui e em vídeo aqui.

Então surta aqui comigo você, leitor do Cheiro de Livro. Porque essa mulher é diva absoluta!!!

Em “O sol também é uma estrela”, me apaixonei pela história de dois personagens incríveis, sendo ambos diferentes fisicamente de mim, mas completamente iguais em vários outros aspectos. Acredito que os personagens não precisam se parecer fisicamente com os leitores para que esses possam se identificar com suas jornadas. Embora “Sol” trate de imigração e preconceito e os protagonistas tenham raízes profundas nessa temática, é de fácil identificação para pessoas fora desse contexto. Embora diversidade, para mim, seja essencial, para muitos leitores pode ser um fator de afastamento. Como podemos quebrar essa barreira invisível?

Nicola Yoon: Diversidade na literatura é essencial porque o livro é um instrumento que possibilita pessoas conhecerem a si. A atual falta de diversidade na literatura infantil é um desserviço para os jovens adultos para quem escrevemos. O trabalho de um escritor é dizer a verdade e a verdade é que vivemos em um mundo repleto de diversidade. Vivemos em um mundo que é mais bonito justamente por isso. A única maneira de quebrar essa barreira invisível é ler e escrever sobre histórias que abranjam a diversidade. Se lemos histórias assim, vamos começar a entender que somos todos muito mais parecidos do que imaginávamos.

No seu site, você diz que sempre teve e terá um desenvolvimento tardio em algumas questões. Muitos jovens sofrem com isso ao serem pressionados a decidirem, aos 17 anos, o que querem ser para o resto de suas vidas. Isso adicionado à pressão que as mídias sociais causam em estar sempre feliz e bem, piora ainda mais a situação. O que diria para esses jovens sobre tempo e  realizações?

Nicola Yoon: Quando eu era mais jovem, também passei por isso e não foi fácil. Eu realmente queria saber logo todas as respostas para as grandes questões da vida. Pensava que, o mais rápido que tivesse essas respostas, mais rápido poderia garantir que seria feliz. Levei muito tempo – e alguns caminhos errados – para entender que a vida tem o seu próprio tempo. Até para fazer as perguntas certas, temos que viver e ter muitas e variadas experiências. Tomar algumas decisões erradas também faz parte da jornada. Somente depois disso tudo acontecer é que as perguntas certas e algumas respostas começam a aparecer.

Em “O sol também é uma estrela”, me apaixonei pela maneira como você narra o relacionamento entre pais e filhos; como a diferença entre as gerações é significativa e como pais só querem o que é melhor para os seus filhos, o que as vezes faz com que essa proteção seja confundida com falta de apoio por parte dos pais para a realização dos sonhos dos filhos. Acho que temas como medo, proteção, crescimento, encontrar seu lugar no mundo são conectados. Estamos todos conectados virtualmente, mas nem sempre nos permitimos nos conectar pessoalmente. O que você acha sobre essa conexão entre gerações diferentes e uns com os outros?

Nicola Yoon: Um dos momentos mais fundamentais na minha adolescência foi quando entendi que meus pais eram apenas pessoas. Pessoas com defeitos e maravilhosas do mesmo jeito. Eles tinham sonhos e vontades próprias além de serem meus pais. Uma das chaves para nos conectarmos com os outros e com outras gerações é ouvir. Temos que dedicar tempo para ouvir as pessoas e simpatizar. Só assim poderemos realmente enxergar os outros como seres humanos.

Se você pudesse escolher qualquer ator e atriz para interpretar os protagonistas de “O sol também é uma estrela” no cinema, quem escolheria?

Nicola Yoon: Tenho alguns favoritos na cabeça, mas não posso exatamente revelar quem são!

(anotação: AI. MEU. DEUS! Sim, eu sabia que os direitos haviam sido vendidos para o cinema, mas será que essa resposta da Nicola quer dizer que a parada está mais rápida do que achávamos? GENTE! SURTEI!)

Qual a sua opinião sobre publicação independente como Amazon e wattpad?

Nicola Yoon: Acho que essas plataformas são uma maneira maravilhosa para escritores publicarem seu trabalho.

Deixe um recado para os seus leitores brasileiros.

Nicola Yoon: Muito obrigada por todo o seu apoio e entusiasmo. Tem significado o mundo pra mim!

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2 thoughts on “Entrevista exclusiva com Nicola Yoon
  1. Que ser mais fofo!!!! Ainda não consegui ler “O Sol Também é um Estrela”, mas estou ansiosa para chegar nele. A Nicola parece ser um ser humano incrível <3 Parabéns pela entrevista incrível, Frini. Será que teremos ela na Bienal?

    beijos

  2. Que entrevista legal! Gostei da simplicidade das respostas. Vou colocar o livro na minha lista! Que bom que conseguiu entrevistá-la! (E que ótimo pra gente que tá lendo também!)

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