Resenhas

Espada de Vidro

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Peguei “Rainha Vermelha” para ler muito mais porque é uma distopia do que esperando algo interessante. Fui fisgada de cara e fiquei contando os dias para a chegada do segundo livro da saga, no meio do caminho surgiu “Coroa Cruel” e seus contos e meu animo diminuiu. Agora com “Espada de Vidro” (tradução de Cristian Clemente) nas mãos tenho que dizer que Victoria Aveyard tem uma boa história nas mãos mas está meio perdida.

O livro começa exatamente onde o outro termina: Mare fugindo de Maven depois de ser traída. As cenas de lutas funcionam, é um bom exemplo para contrapor a ideia generalizada de que mulheres não sabem escrever cenas de ação. Os problemas começam quando a ação arrefece e nos vemos dentro da cabeça de Mare. Uma adolescente que passou por tudo que Mare passou no primeiro livro não pode ser das mais normais, mas o que acontece aqui é uma ladainha eterna sobre “como sou só” e “ninguém me entende”. Os dois são pontos relevantes, mas há formas e formas de se mostrar o remorso e os conflitos dos personagens e aqui ele se tornou simplesmente chato.

“Espada de Vidro” é o segundo ato de um serie (sou a única pessoa que já está meio de saco cheio series?) com isso é o meio do caminho entre a descoberta do personagem e o final de sua trajetória. Os segundos atos costumam ter lances incríveis e deixar todos tensos no final. Pense em Luke Skywalker perdendo a mão ou Katniss sendo retirada da arena e deixando Peeta por lá. Aqui Mare junta um pequeno grupo de aliados e vai em busca dos vermelhos como ela, ou seja com poderes. A aventura se transforma em uma fuga eterna em que Mare lidera sem querer ser líder e volta a se ver no eterno e chato triangulo amoroso das YAs, nesse segundo volume Maven é substituído por Kilorn e Cal continua lá, é verdade que Maven se transforma em uma sombra, mas a dinâmica é entre Mare, Cal e Kilorn.

Não contarei spoilers aqui, direi apenas que foi difícil terminar de ler “Espada de Vidro”, todo o meu entusiasmo com o primeiro livro foi substituído por um certo enfado, um enfado que tinha se instalado com “Coroa Cruel” e que não foi embora, infelizmente. Peguei o livro querendo gostar, querendo continuar naquela aventura tão igual a tudo e ao mesmo tempo tão bem contada, não aconteceu. Lerei os proximos livros, mas já não conto os dias para o lançamento e, nem mesmo, a cena final que deveria carregar uma duvida me encantou.

 

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