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Harry Potter e o Enigma do Príncipe

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“Harry Potter e o Enigma do Príncipe” mostra a evolução das crianças que os leitores conheceram com onze anos. Ao acabar de ler este, a sensação que fica é uma mistura de antecipação pra o próximo e tristeza por estar perto do fim.

Depois que o próprio Ministro da Magia viu Voldemort com seus próprios olhos, no final do quinto livro, o mundo bruxo se prepara para mais uma grande guerra, agora aberta a todos. O mundo Trouxa também sofre com isso e o Primeiro Ministro Britânico encontra o Ministro da Magia para discutirem o que tem acontecido. Fudge foi deposto do cargo e deu lugar a Rufus Scrimgeour, um homem de mais ação e menos palavras. “Harry Potter e o Enigma do Príncipe” acontece apenas um mês após o final de “Ordem da Fênix”.

Logo no segundo capítulo, o leitor descobre ainda mais sobre o misterioso Severo Snape. Em uma conversa entre ele, Bellatrix Lestrange (prima e assassina de Sirius Black) e Narcissa Malfoy (irmã de Bella e mãe de Draco Malfoy), muito é revelado, mas ainda mais questões sobre a lealdade de Snape aparecem. A grande polêmica deste livro é justamente esta: Snape é do Bem ou do Mal? Mas isso, por mais que existam milhões de pistas, só poderá ser dito por Rowling. Continuando, mais do que nunca, após um feitiço feito pelos três, Severo é visto como uma verdadeira ameaça, o que muda a visão do leitor para com ele durante o curso do livro. No terceiro capítulo, Dumbledore vai buscar Harry pessoalmente na casa dos tios e mostra porque tantos leitores gostam tanto dele. Alvo Dumbledore é um senhor personagem! Enfim, ele faz tudo exatamente oposto do que fez no livro anterior. Se em “Ordem” ele ignorava Harry, em “Príncipe” ele o coloca embaixo da asa e arma o garoto com sua sabedoria.

Harry, por sua vez, não está tão rebelde como estava no livro anterior. Controlado e ainda anestesiado pela morte de Sirius, Harry está pronto para o que está para vir. É claro que ele amadureceu muito rápido devido às circunstâncias, e que não precisa das opiniões de Rony e Hermione para fazer o que precisa ser feito. São amigos? Sim e muito, mas agora as vidas começam a ser vividas separadamente. Claro que não ajuda muito quando Harry se apaixona por Gina, para a loucura dos fãs! O amor dos dois é lindo, intenso, merecido, mas infelizmente curto. Para saber detalhes, vocês vão ter que ler o livro!

Bem, “Harry Potter e o Enigma do Príncipe” tem muita tensão por se passar durante uma guerra. Muitos personagens têm suas mortes mencionadas, outros desaparecem, mas a vida escolar é bem mais calma do que no quinto livro. Snape finalmente ensina o que tanto queria – Defesa Contra as Artes das Trevas – enquanto um outro Sonserino muito figura volta ao cargo de professor de Poções. Horace Slughorn é o clássico ambicioso, mas nada preconceituoso Sonserino. O ano escolar vai passando e Harry (e o leitor) aprende sobre a vida de Voldemort através de memórias coletadas por Dumbledore. Finalmente Voldemort é digno de respeito como vilão já que, até agora, só tinha feito trapalhada. Outro que mostra a que veio e que é capaz de ser mais do que uma cópia do papai é Draco Malfoy. Já Rony e Hermione namoram outras pessoas só porque ainda não tomaram coragem para se declararem um para o outro. A vida é boa em Hogwarts, até que as anotações em um livro de poções que Harry pegou emprestado da escola começam a lhe render problemas.

O livro tem como último dono um aluno que se chamava Príncipe (na versão em inglês, Half Blood Prince) e suas anotações fazem com que Harry tire notas maravilhosas em Poções, salve Rony, mas também machuque Draco terrivelmente e sem querer. Harry já lidou com um livro deixado para trás por outro aluno no segundo volume da série e o resultado não foi nada bom. Além do enigma do tal príncipe, o leitor vê Dumbledore preparar Harry para uma jornada solo, lhe dando toda informação que precisa. Desde o início do livro (para falar a verdade, desde o final do quarto livro) tudo indica que Dumbledore está com os dias contados. Ele já não tem mais os reflexos que tinha antes e vive dizendo que está ficando velho. Por isso e mais outras que não é de se chocar que o bom velhinho morra no final de “Enigma do Príncipe”. Quem mata eu não vou contar aqui para não perder totalmente a graça, mas o que preciso dizer é que a morte é descrita de maneira cinematográfica e que Harry realmente mostra a que veio após essa enorme perda. O rapazinho está pronto para a batalha final e dá gosto ser fã de Harry Potter quando isso acontece. (e se você acha que isso é spoiler, você está atrasado! Sorry!)

O livro fecha algumas questões, mas como estamos falando de Rowling, abre outras. O sexto livro é o mais bem escrito, mas divide o primeiro lugar da lista de preferidos dos fãs com o terceiro livro da série. A diferença é que o terceiro é bom sozinho enquanto o sexto é bom por consequência dos outros cinco. “Harry Potter e o Enigma do Príncipe” mostra a evolução das crianças que os leitores conheceram com onze anos, dos personagens que fazem os fãs quebrarem a cabeça para adivinharem o que vão fazer em seguida. Ao acabar de ler este, a sensação que fica é uma mistura de antecipação pra o próximo e tristeza, já que este será o último da série.

Assim como alguns outros antes deste, o final do livro traz lágrimas para os rostos dos leitores e a famosa exclamação “Não acredito! Cadê o próximo!?”. Também vale lembrar que uma outra sensação que fica é a mesma pós “Kill Bill I”. Os livros seis e sete parecem ser apenas uma obra dividida em dois, mas tudo vale para saber o que acontece no final.

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