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Jogos Vorazes: A Esperança (Mockingjay)

Vamos falar aqui de fã pra fã. Não tem nada pior e ao mesmo tempo melhor do que anunciarem que aquele livro que você tanto ama será dividido em duas ou mais partes ao ser adaptado aos cinemas. É bom, porque você tem mais um lançamento pra aguardar ansiosamente. E é ruim porque em geral fica uma bosta.

O Hobbit” pra mim é um símbolo de como encher linguiça e enxertar uma adaptação com histórias que nem estavam no livro só para dar um show de efeitos e fazer durar mais tempo (a sequencia da fuga nos barris! A.SEQUENCIA.DA.FUGA.NOS.BARRIS). O filme é bom? É. Os efeitos e a fotografia são sensacionais? São. Mas um terço do roteiro poderia receber um carimbo vermelho: DESNECESSÁRIO. Harry Potter e as relíquias da morte eu definiria em uma frase: VOCÊS NÃO SÓ ENCHERAM LINGUIÇA, COMO TIVERAM 2 FILMES E DEIXARAM DE FORA COISAS QUE OS FÃS QUERIAM VER. Fim do momento revolta.

Quando foi anunciado que “Jogos Vorazes – A esperança” viria aos cinemas em duas partes eu pensei na hora: “Mais um dividido só pra ganhar mais dinheiro”. Mas eu fui surpreendida positivamente. “A Esperança” (Mockingjay) é daqueles filmes que você nem sente os minutos passarem e que, quando acaba, fica com uma dó IMENSA só de pensar que só vai ver a continuação daqui a um ano. Para quem não leu o livro, é um filme sensacional. Pra quem leu o livro é uma adaptação feita com MAESTRIA. Há cenas que são tão fieis à trama original, que é possível ditar as falas dos personagens (pra você que, como eu, tem uma memória bizarra que guarda frases emblemáticas de personagens).

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A Esperança” foi um livro que me deu muitos arrepios durante a leitura. Sabe aquele trecho ou frase tão impactante, mas tão impactante, que corre uma coisa da espinha e levanta todos os pelinhos do corpo? Pois é. E incontáveis vezes aconteceu novamente isso comigo no filme. E é tão delicioso ver como eles conseguiram passar todo o clima de tensão e medo do inesperado que a trama possui, sem ficar nada piegas ou forçado. Eu já conhecia a história, já sabia o que estava por vir, mas me peguei me agarrando à cadeira do cinema aguardando com o coração acelerado o que iria acontecer. Detalhes que não precisam de falas, como a filha do presidente desfazendo sua trança no cabelo; o olhar do cervo que nunca foi caçado; a pérola entre os dedos de Kat todo o tempo, dão o tom da trama e são a cereja do bolo pra quem tem um olhar mais aguçado e proporcionam todo um contexto mesmo para os observadores mais distraídos.

Destaques para o grande elenco em grande atuação: Philip Seymour Hoffman sendo Philip Seymour Hoffman (SÓ CONSIGO PENSAR: JESUS, O QUE FARÃO SEM ELE AGORA?!). Donald Sutherland sendo Presidente Snow esculpido em carrara. Jeffrey Wright como o Beetee tão badass quanto ele deveria ser (ou mais). Julianne Moore como uma presidente Alma Coin perfeita, te deixando um sentimento dúbio de devoção e apreensão. Woody Harrelson como o Haymitch em seu melhor lado sóbrio (apesar de eu sentir falta de uma participação ainda maior dele). Liam Hemsworth como Gale com aqueles olhos tristes que dá vontade de levar pra casa, até sem falar nada ele demonstra a revolta deprimida que o personagem carrega. Josh Hutcherson, MEU DEUS, que transformação incrível que presenciamos no nosso querido menino do pão Peeta Mellark, uma atuação emocionante a cada quadro que aparece.

E pera. Pausa. Jennifer Lawrence. JLaw, do meu coração. Deus sabe que quando escolheram você para Katniss Everdeen no primeiro filme, eu falei de cara: “isso está TÃO errado”. Sabe de nada inocente, errada estava eu (ainda bem!). A interpretação incrível de Kat que já vinhamos acompanhando nos filmes anteriores, se aprofunda aqui com o aprofundamento também da personagem. A confusão mental, o medo, o desespero, tudo na dose certa. Uma das coisas mais sensacionais do filme é o quanto JLaw atua bem interpretando como Kat atua mal.

Só faria um porém quanto ao final: Se tivessem terminado o filme uns 10 minutos antes, no último momento mais impactante, acho que teria fechado com chave de mestre e mesmo eu, que já sei o que me aguarda no fim, teria arrancado meus cabelos de ansiedade. Mas os diretores sabem o que fazem, né (eu acho). E eu não vou dizer mais nada porque o restante MERECE SER VISTO, quer você tenha lido o livro, quer não.

spoiler

NÃO LEIA SE NÃO TIVER VISTO O FILME
(MAS SE JÁ TIVER VISTO, OU FOR MUITO CURIOSO, LEIA PORQUE VAI VALER A PENA)
Mesmo indo contra a minha política anti-spoilers eu não poderia deixar de comentar um dos momentos mais emocionantes do filme (e do livro!) que é Kat cantando a música “A árvore forca”. Gente, é algo para se guardar na memória e para fazer todo mundo no cinema cantar junto emocionado, digno da importância que a letra tem na trama. Deliciem-se:

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