Filme

Nós vimos – Carol

Só o fato de um romance de Patricia Highsmith, “The Price of Salt” (posteriormente publicado com o título de “Carol”), ter sido adaptado para o cinema pelo diretor Todd Haynes já valeria a ida ao cinema. Tendo um elenco comandado por Cate Blanchett torna “Carol” ainda mais atrativo e vale a ida ao cinema.
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Carol é uma socialite em processo de separação, Terese é uma jovem que não sabe bem o que quer da vida. As duas se encontram em uma loja de departamento onde Terese vende um brinquedo para a filha de Carol. É esse encontro fortuito, sem nenhuma intração fora do comum que desencadeia toda a historia. O romance entre as duas se desenvolve lentamente e aqui é o momento em que se entende porque Rooney Mara levou a Palma de Ouro em Cannes e ela e Cate Blanchett concorrem a todos os prêmios desse ano. Os silêncios de Mara são tão eloquentes quanto a hesitação de Blanchett e formam um quadro perfeito entre a mulher que sabe muito bem quem é e o que quer, Carol, e a jovem que tateia no escuro em busca de si mesma, Terese.
O romance é entremeado por uma trama policial, estamos falando de uma historia criada por Patricia Highsmith afinal, que dá um clima de tensão a narrativa. Essa trama funciona mais para expor todos os preconceitos da época, muitos deles sobrevivem até os dias de hoje. A cena de Carol com o ex-marido disputado a guarda da filha é ótima, com Blanchett roubando  cena com seu desespero.
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“Carol” é um bom filme, lento, com uma fotografia um pouco escuro no inicio e vai clareando com o passar dos minutos. É um desses filmes que vale pela performance da dupla de protagonistas. As premiações podem ter relegado Mara a posição de coadjuvante, mas não se engane ela é tão protagonista quanto Blanchett e mais consegue rivalizar com ela em cena, algo que não é para qualquer atriz ou ator.
texto originalmente publicado no Nível Épico

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