Acredito que João Carlos Marinho é responsável pelo meu amor por livros policiais, série de investigação. Eu lembro claramente o dia que fui a estante de livros onde a coleção toda da Turma do Gordo ficava, eles eram da minha irmã, e peguei um para ler. Foi paixão a primeira frase, li toda a coleção que existia na minha casa nessas maravilhosas férias de verão. Indiquei muitas vezes para amigos, dei esses livros de presente inúmeras vezes mas nunca os reli. Quando li no jornal que “O Gênio do Crime” estava fazendo 50 anos coloquei ele na minha lista de leituras, quando dias depois o João Carlos Marinho faleceu o livro pulou na lista de leitura, minha pequena homenagem a esse escritor que me encantou na infância.
“O Gênio do Crime” é um livro importante na literatura nacional por ser o primeiro livro infantil de sucesso pós Monteiro Lobato. Quando peguei o o kindle, essa releitura foi feita em maio digital porque ninguém na minha família sabe onde foi parar a coleção dos livros do João Carlos Marinho, lembrava do desfecho do livro e mais nada. A história é simples: existe um álbum de figurinhas de futebol que dá prêmios quando é completo. Há um falsário vendendo figurinhas raras e isso está levando a editora do álbum a falência. Gordo, Pituca e Edmundo são convocados pelo dono da editora para encontra o falsário, o gênio do crime.
É nessa primeira aventura que conhecemos Berenice e que começamos a conhecer a inteligência do gordo ou Bolachão. Ler um livro escrito há 50 anos tem seus momentos de estranheza também, há cenas de violência que jamais estariam em um livro hoje em dia. A aventura é envolvente, as soluções engenhosas e, podem ter se passado meio século, álbum de figurinha continuam fazendo sucesso até hoje, é só lembrar dos álbuns da Copa do Mundo.
“O Gênio do Crime” foi uma releitura tão divertida e envolvente quanto da primeira vez com o adendo de que eu me lembrava daquelas férias há anos quando descobri a obra de João Carlos Marinho.
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