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O Menino da Mala

Resenha do Menino da Mala

Um menino nu e dopado dentro de uma mala. O que você faria?

O que você faria se encontrasse um menino nu e dopado dentro de uma mala? É assim que começa a trama de “O Menino da Mala”, um bom policial dinamarquês. Esse livro é o primeiro de uma trilogia protagonizada pela enfermeira da Cruz Vermelha Nina Borg.

A trama começa surpreendente e se sustenta muito bem com a estrutura da narrativa. Cada capítulo é focado em um personagem diferente que forma um grande quebra-cabeça do que levou o menino a uma mala e o porquê. Tive um pouco de dificuldade de guardar os nomes de alguns personagens, principalmente os secundários, são nomes dinamarqueses ou lituanos e muito diferentes dos que estamos acostumados. Nada grave.

Tenho que confessar que algumas das atitudes de Nina me irritam um pouco, dá até para entender o medo dela de chamar a polícia, mas em certos momentos é enervante. Nina tem ligações com um rede de auxilio a refugiados e imigrantes ilegais na Dinamarca e isso faz com que ela consiga auxilio e tenha certa habilidade para ajudar e cuidar de Mikas, o menino da mala. Sempre que achava algo muito estranho na atitude de Nina me lembrava de um amigo que ao sair de um dos filme do Dogma 95 me disse, depois de um longo silencio , “os nórdicos são estranhos”. Essa afirmação é perfeita e se encaixa em “O Menino da Mala” e em outros livros como “O Homem que Odiava as Mulheres” de Stieg Larsson.

Uma das informações mais interessantes do livro é o problema dos imigrantes ilegais na Dinamarca e como esse país lida com a situação. O drama dos imigrantes do leste europeu na Dinamarca e a forma como os imigrantes veem o país é um pano de fundo que funciona bem e acrescenta em tensão na historia.

Voltando ao livro. A narrativa é construída aos poucos e vai entregando pequenas pistas para o leitor. Eu não achei de todo surpreendente a revelação do porquê do menino na mala. Já tinha deduzido a situação bem antes, mas sou uma leitora que é viciada em “Criminal Minds”, “CSI” e romances policias. Para um leitor com menos referencias de dramatização de crimes pode ser mais chocante a revelação.

As duas autores , Lene Kaarberbol e Agnete Friss, fazem um ótimo trabalho com a historia de Nina e Mikas e deixam um gancho gigante para a sequencia. Alias, um gancho que é construído desde o começo do romance. É uma ótima leitura para quem gosta de um romance policial.

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