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Perdida, encontrada e destinada a ser fã

A primeira vez que soube dela foi durante uma Bienal, a de 2011, se não me falha a memória (mas posso estar errada). Vi uma fila enoooooorme para autografar seu lançamento – “Perdida” – e pensei “que bacana essa procura por uma autora brasileira!”. A curiosidade falou mais alto, recebi o livro da editora, mas não o li. Ele ficou na estante, olhando pra mim, me dizendo “fica tranquila. Você vai me dar uns pegas quando estiver preparada”.

E foi o que aconteceu.

Mas eu não estava preparada para me perder em “Perdida”, da brasileira Carina Rissi.

Antes de tudo, deixe-me explicar uma coisa: não sou fã de histórias com viagem no tempo. Sei que isso é meio paradoxal, já que amo “Harry Potter o Prisioneiro de Azkaban” e adoro Doctor Who e amei a série “Perdida”, mas sempre fico me questionando sobre a ordem dos eventos da história e acabo não aproveitando tanto a leitura. Mas claro que não me impede de conhecer e apreciar as tramas. Apenas me faz torcer o nariz um pouquinho antes de me perder nelas.

Continuando, esse ano, resolvi ler “Perdida” porque fui convidada a mediar o evento da Carina Rissi e da autora Julia Quinn durante a época da Bienal. Já era fã da JQ (leia aqui e aqui), então cai dentro das páginas da Carina para conhecer o seu trabalho. E que trabalho!

Podem ficar tranquilos que não contarei spoilers de nenhum dos livros aqui, mas MINHA GENTE, O QUE É IAN CLARKE? TÔ PAIXONADAAAA!

Super apoio um encontro entre os Clarke e os Bridgertons! Imagina a Sofia batendo um papinho com a Eloise! E o Ian trocando uma ideia com o Anthony? A-DO-RO!

Bem, faniquitos de fangirl de lado, deixe-me voltar para Carina Rissi. Essa moça simpática que mora no interior de São Paulo com o igualmente simpático marido e uma filha pra lá de querida, não escreve bem. Carina Rissi escreve MUITO bem! Ela consegue escrever um segundo livro ainda melhor do que o primeiro e o terceiro ainda melhor que os anteriores! Sabe como isso é difícil? Isso é tipo, um superpoder digno de X-Men!

Eu não quero entrar no detalhe do que a série “Perdida” trata, porque é só ler a sinopse para ficar sabendo. O que quero abordar nesse post é a maestria dessa autora que me conquistou em poucas páginas.

Em “Perdida”, conforme Sofia se apaixona por Ian, nós, leitores, fazemos o mesmo. Mas é mais do que simplesmente deixar o coração ser roubado por um personagem fictício: esse amor é nostálgico. E esse amor além do tempo é incrível não apenas porque Ian é bondoso e cavalheiro, mas porque ele é honesto e transparente. Acho que estamos tão acostumadas ao dia a dia corrido e a paixões descartáveis, que esquecemos o poder de um amor puro assim.

E conforme Sofia se acostuma com a vida mais calma e menos fácil do século IXX, nós embarcamos com ela, dividindo suas frustrações, angústias e paixões e aproveitando seu bom humor e trapalhadas. #SomosTodosSofia.

Em “Encontrada”, Carina vai além. Sabe tudo que Sofia conquistou e os perrengues que ela passou no primeiro livro? Vamos piorar a situação adicionando uma pitada de baixa autoestima, dúvida sobre realmente pertencer ao tempo/espaço. Quem nunca pensou “Não sou boa o bastante para ele”? Ou teve pensamentos como “não me encaixo aqui. Sou diferente”? Pois é. Não importa o século, o sobrenome nem se está dentro ou fora das páginas, esses temas explorados por Carina Rissi estão presentes em nossas vidas. #SomosTodosSofia.

Aí chega “Destinado” e o nosso coração de fangirl solta fogos de artifício! Carina Rissi, não satisfeita em se alimentar de nosso desespero, piora a situação e mexe com quem? Com o Ian! E nada dessa modinha de contar a mesma história pelo ponto de vista de um personagem diferente. Nãaaaaoooooo. Carina Rissi mistura passado, presente e futuro (sim, futuro!) no bailado de memórias e mudanças que apertaram o meu coração até ele caber dentro de um relicário bem pequenininho. E sabe o coração de quem também fica piquititinho durante o livro? Acertou! O da Sofia! #SomosTodosSofia

Mais uma vez, a autora mostra que seu ofício não é por acaso.

No terceiro livro, Carina volta a abordar o respeito aos empregados (AMO Madalena e Seu Gomes! DIVOS!), um tema que aparece em todos os livros da série e que precisa ser comentado. Dignidade é direito básico de todos e é incrível ver como os personagens “do bem” fazem questão de tratar bem e defender quem tanto cuida deles. Lindo e necessário! Em “Destinado”, Carina também mostra a todos nós que o amor pode, sim, vencer qualquer barreira, e que isso não é balela de livro de auto-ajuda ou de filmes açucarados. Não. Quem já viveu (ou vive) um grande amor, sabe a força que ele tem e sabe o que faria para protegê-lo. Ah, e Rissi ainda apresenta mais um personagem sensacional e explora Elisa, que vai estrelar o próximo volume.

Curiosidade, a gente vê por aqui!

Além de estar com a Carina no tal evento com a Julia Quinn – que foi muuuuuuito bacana! Cadê meu celular com os paranauês de máquina do tempo para voltar para esse dia? -, pude estar com a Carina na Bienal e no lançamento de “Destinado” no Rio de Janeiro. E foi a coisa mais incrível porque, além de brilhante, Carina é doce como Elisa, transparente como Ian e um amor como Sofia. Carina Rissi é única.

Por que decidi escrever sobre a série “Perdida”? Porque é o básico exemplo de livro que poderia ter passado desapercebido por mim, mas que, por uma jogada do destino, caiu no meu colo e se alojou no meu coração (e na minha estante!).

E tem como não se apaixonar pelas páginas quando isso acontece?

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