Resenhas

Sing – uma canção sobre o amor

A autora é desconhecida, a história é “conhecida”, mas o resultado é surpreendente

sing

Recebi “Sing” da HarperCollins Brasil para trabalhar o livro e não esperava me apaixonar por ele. Vocês sabem que não puxo saco de editora e não dobro opinião para agradar gregos e troianos (até porque sou grega, então bêeeejo pros troianos!). Por isso que preciso dizer aqui o quanto “Sing” me cativou! Eu não estava esperando, gente! Estava focada em ler o livro, anotar pontos para me ajudar no trabalho e começar a estratégia, mas BOOM! Gamei! Que delíiiiiicia!

“Sing” conta uma história que já vimos por aí, entre certos famosos (pisca pisca, wink wink). Ele é narrado em primeira pessoa pela jovem cantora chamada Lily Ross. Começa o livro com ela sendo largada por mais um namorado, sendo que a gatinha tinha acabado de escrever todas as músicas de seu novo CD (ainda se chama assim?) baseadas em momentos que passou com ele. Ou seja, um CD chamado “Para sempre” já era passado antes de ser lançado. #tenso

De coração partido e arrasada consigo mesma – ela teima em se apaixonar por famosos como ela, mas sempre é deixada na rua da amargura (quem nunca, né?) -, Lily aceita o convite de suas amigas de ir para uma ilha, lá no Maine, praticamente isolada do mundo por três meses. Vão passar o verão longe de Nova York para a cantora se recompor e voltar a compor (hehe, rimou!). Mas é claro que o coração de Lily é um coração apaixonado e volta a pular batidas quando ela conhece o pescador Noel (que é um espetáculo em vários sentidos diferentes).

Tá, até aqui você está pensando: “Hum, conheço essa história” e “Nossa, mas que coisa mais clichê”. Pois é, mas aí que a coisa começa a ficar muito legal!

Sim, a história é batida – tanto em sites de fofoca por aí quanto em livros YA -, mas é a jornada de Lily e o tom da escrita de Vivi Greene (desconhecida, por enquanto) que fazem toda a diferença em “Sing”.

O que mais me surpreendeu no livro foram as reflexões da protagonista. Quem de nós não faria ou fez tudo por amor? Quem nunca se prendeu aquele que ama e praticamente esqueceu da própria essência? Quem nunca passou a montar a própria existência com base no outro? Lily é famosa, linda, rica, tem grandes amigas (ótimas personagens, by the way!), um empresário que faz todas as suas vontades, seguranças simpáticos e uma família que a ama. Mas ela está sempre romanticamente sozinha. E pior, a bad dela é explanada em tudo que é jornal. Zoeira, né?

Mas Lily chora, cai, levanta com ajuda das amigas, mas volta a entender o seu verdadeiro “eu” sozinha. Sim, ela volta a se apaixonar, mas ela entende que precisa seguir o seu caminho, buscar a sua verdade antes de deixar outra pessoa entrar na sua vida. E isso é TÃO NECESSÁRIO ser dito, não importa se você é uma leitora de 14 ou de 41 anos!

Em um momento do livro, Lily diz: “Se apaixonar é muito, mas não é tudo” (ou algo assim) e soltei um “GO, GIRL!”; Lily mostra que é possível sim, se apaixonar e viver feliz com o seu gatinho, mas que tudo bem também ser você mesma e não se perder no meio do caminho. Um mais um é igual a dois e não a um e 1/2. Em um mundo onde temos fartura de bad boys e de personagens abusivos, ler um romance não somente sobre duas pessoas, mas sobre a busca pela essência de uma é refrescante!

Então, embora eu tenha começado a ler “Sing” para trabalhá-lo, eu finalizei a leitura com lágrimas nos olhos e completamente apaixonada pelo livro. Até chorei, gente! E olha que não choro tão fácil assim! E o engraçado é que não tive problemas românticos nem sou famosa, mas me identifiquei muito com Lily em sua jornada. Vai entender, né? Tema para a minha terapia. Vai render muito e aposto que vou convencer minha analista a ler o livro! HÁ!

E se você tem um blog, curtiu a resenha e quer ler “Sing”, se inscreve aqui  e vamos ver o que acontece!

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2 thoughts on “Sing – uma canção sobre o amor
  1. Oi Frini (e equipe do Cheiro de Livro),

    Esse livro é muito a minha cara! Gosto de protagonistas que fortes e saber que posso encontrar nessa história mais do que amor no sentido “namoro” e ver um pouco mais autodescoberta é muito bom!

    Por mais livros que valorizem a felicidade acima do amor avassalador <3

  2. Frini
    Não conhecia NADA desse livro mas também acho que é o tipo de história que me cativaria na certa. Gostei muitos dos pontos abordados na sua resenha e super me lembrou Adele, que dizem que só escreve músicas para dor de cotovelo e que quando está feliz e acompanhada as músicas não são tão boas…rs Não sei julgar a fundo mas entrou na lista de desejados.
    Quando ao cadastro, quem vc já super conhece – tipo eu! rs- tb precisa preencher ou é para quem ainda não conhece?
    Beijos

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