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Vida longa ao Rei

Nosso feliz aniversário ao mestre do terror

21 de setembro é o dia em que comemoramos o aniversário de um dos maiores escritores de terror e mistério vivo, Stephen King. Autor que chega aos seus 67 anos às vésperas de lançar o 56º livro de sua carreira, “Revival”. O detalhe mais importante nisso tudo é que esse também será o segundo lançamento de King em um ano. Em junho chegou às livrarias norte-americanas Mr. Mercedes, a primeira parte de uma trilogia, mas foi no ano passado que King foi bem ousado e apresentou ao seu público uma continuação de “O Iluminado”, “Doctor Sleep” (que será lançado aqui no Brasil agora em novembro pela Suma de Letras). Porém minha intenção aqui não é comentar ou discutir algum desses livros ou qualquer outra obra de King, e sim celebrar a vida desse que é o meu autor favorito desde que comecei a ler livros mais “adultos”.

Ainda muito nova fui apresentada a ele através da visão de Brian De Palma para “Carrie, a Estranha”. Claro que na época não fazia ideia quem era o diretor, na verdade nem sabia o que era um diretor. Mas uma coisa entendi bem rápido, que aquela história era interessante e a menina acabava toda suja com sangue de porco. Só que melhorava! Ela atacava todo mundo, que riu dela, com seus poderes. Juntando o fato de eu ter uma queda por filmes de terror ao fato de gostar mais ainda de ler, minha tia percebeu que eu poderia me interessar por ler Stephen King, e aí nosso caso de amor começou. Meio conturbado no início, porque começamos a nos conhecer através de “A Hora da Zona Morta”, um livro muito adulto para uma menina de 12 anos. Mas seu estilo me conquistou e em seguida li “A Hora do Vampiro (que foi relançado com o título “Salem”), uma história de vampiro como as de antigamente. Apenas anos depois que descobri que King o escreveu inspirado em “Drácula”, de Bram Stoker.

Então nosso flerte virou amor quando li “O Iluminado”. Melhor, devorei! Jack Torrance, seu filho, Danny Torrance, o Overlook, Dick Halloran, as gêmeas, a mulher do quarto 217 e toda a trama me conquistaram de forma avassaladora. Era isso, Stephen King passava a ser meu escritor favorito, resolvi que precisava ler todos os seus livros já lançados e disponíveis no Brasil – e acreditem, não era fácil. Cada lançamento era recebido com muita empolgação e quando “A Dança da Morte” chegou ao Brasil, tornou-se meu livro favorito de King. Pois é, mais do que “O Iluminado”.

Fico muito feliz em ver que o mundo aprendeu a amar King e a respeitar seu talento. Por muito tempo li e ouvi pessoas o classificarem como subgênero, por sua escolha em escrever histórias de terror, por sua clara influência pela cultura pop dos anos 50. Felizmente isso nunca interferiu seu trabalho, ele nunca mudou seu estilo, apenas amadureceu e se adaptou ao mundo a sua volta. Aliás, ele sempre foi muito antenado ao que estava acontecendo. Vejo A Dança da Morte como o prenúncio de uma era, porque apesar do livro não falar em zumbis, ele mostra um mundo pós-apocalíptico devastado por uma gripe terrível, que veio como uma praga para que a humanidade começasse de novo. Premissa mais do que usada nos novos livros, filmes e séries de zumbis, que hoje fazem tanto sucesso. Eu sei que os zumbis se tornaram populares com o George A. Romero e que com certeza ele foi uma grande influência pro King, mas influências são cíclicas e não me espantaria saber que essa nova geração se baseou nos dois.

Devaneios a parte, King correu para lançar seu primeiro e-book, quando quase ninguém acreditava que a ideia daria certo. Sua saga “A Torre Negra” já agradava multidões, antes mesmo de “Game of Thrones”. Ele sempre buscou saber e conhecer o que fazia sucesso e nunca teve o mínimo pudor em falar o que pensava sobre boa parte do que leu e viu, além de também não o ter ao citar em seus livros, mostrando que se mantem atual. Em “Doctor Sleep”, uma personagem se compara a Daenerys de “Game of Thrones” e outro é fã de “Os Vingadores”, o filme.

Por todas essas razões ele chega ao ano 2014, comemorando seus 67 anos com muita pompa. Finalmente reconhecido pelo mercado, pelos críticos e ganhando cada vez mais fãs pelo mundo. Tudo isso só deixa essa fã aqui mais feliz, ao mesmo tempo que orgulhosa de ver que todo mundo entende porque Stephen King é, sem dúvida nenhuma, o Mestre do Terror.

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2 thoughts on “Vida longa ao Rei
  1. Um dos meus escritores favoritos. E acho que conheci também na migração pra fase adulta de romancistas. Vou guardar esse post porque tem livros aqui que ainda não li.

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