Entrevista

Vivi Maurey lança #Fui no Rio

Em 2012 fui a uma cabine de imprensa e conheci Vivi Maurey, acabamos almoçando juntas e em uma corrida de táxi pra casa já éramos grandes amigas. De lá pra cá muita coisa aconteceu, sempre conversamos sobre os planos de escrever e conseguir ser publicada, e agora o dia chegou. Em 08 de abril #Fui chega às livrarias, com direito a lançamento na Saraiva Mega-Store do Rio Sul e bate-bapo mediado pela nossa querida Frini. Tive o privilégio de ler uma das primeiras versões do livro, logo quando ela o terminou. Gostei muito do que li e da forma dela contar a história. Agora, quase dois anos depois, sentei pra conversar com a Vivi sobre essa experiência e divido essa conversa aqui com vocês.

Nos dois anos entre terminar o livro e precisar revisá-lo para a publicação, algumas mudanças aconteceram em sua vida, e essa foi minha primeira questão em relação ao que foi mudado na história e, principalmente, em algumas atitudes da personagem principal. Vivi me explicou que modificações eram necessárias porque o livro foi escrito em três meses, logo alguns aspectos precisavam ser revistos e reescritos. Mas também reconhece que esses dois anos influenciaram de alguma forma a personagem principal: “A Lully mudou da primeira versão pra segunda. Ela tá muito menos fechada. Não que eu fosse fechada, mas eu queria passar a ideia de que ela também poderia ser assim, mais aberta às oportunidades. Então eu acho que pode ter influenciado um pouquinho”.

Mas vamos ao começo de tudo, de como surgiu a ideia de escrever essa história, da menina que vai pra Lake Tahoe fazer um intercâmbio e acaba passando por um processo de amadurecimento. Vivi começa contando que sua inspiração foi o intercâmbio que ela fez nessa mesma cidade, pela qual se apaixonou. No início ela não pretendia escrever exatamente sobre aquela experiência, ela acreditava que iria escrever sobre Lake Tahoe, mas não sabia muito bem o que. O livro não é autobiográfico, as situações que acontecem com a Lully não são situações que aconteceram com a Vivi. Ela se inspirou naquela aventura, em pessoas que conheceu durante a viagem e criou sua história. Uma curiosidade, ela conta que logo que voltou, escreveu 20 páginas sobre Lake Tahoe e guardou. Seis anos depois ela decidiu que era o momento de levar aquela ideia pra frente: “Vou escrever uma história de intercâmbio, não a minha, mais divertida, mais conflituosa. Com muitas coisas para se resolver, porque a minha foi muito tranquila. Eu queria conflitos. Aí pensei, vou criar a da história da Lully, que já estava se formando na minha cabeça em 2013, e aí em 2014 eu peguei pra escrever.”

Sobre os personagens que aparecem no livro, ela conta que pegou um pouquinho de cada amigo, se inspirou nas pessoas que estiveram com ela no intercâmbio. Pra Lully, ela conta que se inspirou em duas amigas, a Lully Trigo e a Luisa Clasen (Lully de Verdade), o que levou a personagem principal a ganhar o nome e o cabelo colorido. Ela diz que a empolgação vem da Lully Trigo, mas quem conhece Vivi sabe que essa empolgação vem dela também, por mais que ela diga que não. Na verdade, eu insisto com ela que quando lemos o livro e a conhecemos, é quase impossível não pensar nela. “Tem muito de mim ali, todo mundo vai falar que é parecida comigo. Mas eu acho que quando você faz uma viagem de intercâmbio quase 80% das pessoas são muito parecidas. Todas são muito autênticas, todas são muito animadas e muitas são espontâneas”.  Vivi retruca, mas acaba reconhecendo que há um pouco dela na personagem sim. “Se tem algo de mim? Um pouquinho sempre vai ter. Eu usei a minha viagem de intercâmbio pra escrever a dela, então um pouquinho sim. Todo mundo vai pensar que é muito parecido, mas eu sei o quanto ela é diferente de mim”.

História pronta, personagens definidos, livro escrito e chegamos à parte mais emocionante, publicar. Apesar de já ter quatro contos publicados na Amazon, a experiência de ter um livro publicado por uma editora que se interessou por sua história é bem diferente. Dá um frio na barriga, ela diz se sentir nua, porque ela sabe que algumas pessoas irão vê-la com outros olhos, talvez através dos olhos da personagem. “Eu ganhei a oportunidade de mostrar a minha versão de mundo”.

Como essa história não pertence mais a ela, claro que já há ideias para um próximo livro, porém nada definido ainda. O que importa é que esse é um livro que vai conquistar a galera que curte jovens adultos e que Lully chega às livrarias essa semana para se tornar amiga de várias outras meninas que, com certeza, vão se identificar com ela. #Fui é um lançamento da Editora Globo Alt, primeira aventura literária analógica de Vivi Maurey e quem quiser conhece-la, é só chegar na Saraiva Mega-Store do Rio Sul, aqui no Rio, no sábado, dia 08 de abril, a partir das 16h30.

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