Uma capa linda, uma sinopse misteriosa e aquela voz no ouvido que diz “larga tudo e leia esse livro agora” me levaram a me debruçar sob “A Desconstrução de Mara Dyer”. Eu não me arrependi.
Mara Dyer sofreu uma experiência traumática que levou a vida de três amigos e a deixou como única sobrevivente. Ela e sua família se mudam para Mara tentar voltar a ser uma menina normal, mas visões dos falecidos, aparições e situações inexplicáveis continuam a tomar conta da jovem que está prestes a terminar o Ensino Médio. Algumas vezes Mara acredita estar sendo assombrada. Em outros momentos, acha que está realmente ficando louca. Mas a verdade é bem mais complicada e letal que isso. Para complicar ainda mais a sua vida, Mara se vê envolvida com o rapaz mais popular da escola, Noah, que também esconde um segredo e é prova viva de que aparências enganam e muito.
Para juntar os pedaços de uma vida quebrada é importante saber o que estava lá antes, como era a “imagem” para que as peças do quebra-cabeça se encaixem. Mas Mara não sabe como era antes, ela não lembra o que aconteceu e só tem flashes e sensações para lhe guiar. Como então voltar a uma vida normal se ela acha que não é normal? Como entender a si mesma e proteger sua família? Para construir essa realidade Mara vai precisar se desconstruir e esse foco narrativo é excelente, prende a atenção, e diferencia a obra dos demais livros nas prateleiras para adolescentes hoje em dia.
E sabe o que é pior? É o primeiro livro de uma trilogia! Sim! Vamos sofrer até chegarem os próximos! O segundo (“A Evolução de Mara Dyer”) já foi lançado nos EUA e o terceiro (“A Retribuição de Mara Dyer”) está marcado para ser lançado por lá no final deste ano, mas nada foi fechado para o Brasil ainda.
“A Desconstrução de Mara Dyer” é um romance com tom de suspense, toques sobrenaturais e uma narrativa de quem escreve há muito tempo. Mas é o primeiro romance da americana Michelle Hodkin, que era advogada quando esteve frente a frente com a ideia para a história de “Mara”. Segundo a autora – em seu site (www.michellehodkin.com) -, ela estava trabalhando em um caso sobre terrorismo que envolvia vítimas que estavam sofrendo de Transtorno de Stress Pós-Traumático quando, em uma conversa aleatória, uma mulher explicou que tinha uma filha que sofreu um acidente com seus amigos e que era a única sobrevivente e como essa mulher e o marido queriam processar o dono da propriedade na qual ocorreu o acidente. Ao trocarem dados para indicar um advogado para a tal mulher, a filha apareceu e era linda, mas com olhos assombrados que pareceram dizer a Michelle Hodkin que existia algo além do Transtorno de Stress Pós-Traumático.
Dois anos depois, durante a formatura de seu irmão, Michelle ouviu algo ser mencionado que a fez lembrar da menina e a querer saber o que tinha acontecido com ela. Ela tentou contato com a mulher, mas o telefone não funcionava mais e nem a internet oferecia qualquer dado. Naquela noite, ela começou a escrever “A Desconstrução de Mara Dyer”. E desde então, ela passou a receber envelopes com fotos de prédios que caíram, desenhos, fragmentos de uma vida. E um dia ela recebeu uma carta de uma adolescente que narrava situações aparentemente impossíveis.
Não sabermos se o que aconteceu com aquela menina, mas podemos descobrir o que aconteceu com Mara Dyer.
“A Desconstrução de Mara Dyer” é publicado no Brasil pela Editora Galera Record e no site da autora, embora desatualizado, é possível encontrar links legais, como os book trailers e o simbolismo das capas.
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Adorei a resenha! Minha opinião é parecida com a sua. Li o livro no ano passado, em setembro, acho, e seria um livro 4.5/5 para mim. Eu fiquei muito curiosa com a história por todo o sucesso que estava fazendo lá fora, e não me arrependi. Esse primeiro é mais focado em romance, o que geralmente não gosto, mas acho que é uma maneira de fortalecer a relação da Mara e do Noah (<3) para os próximos livros, porque sem dúvida esse casal é a parte mais importante.