Autora arrasta milhares de fãs para a Bienal.
Se disser que sempre fui fã da Cassandra Clare, estaria mentindo. Pelo contrário, não curtia “Instrumentos Mortais” e só dei chance para a autora ao ler “Anjo Mecânico”. Aí o amor bateu forte e não foi embora mais. Li a trilogia “Peças Infernais” e me apaixonei bonito! Então, poucos dias antes da Bienal, quando recebi o convite da equipe da Galera Record para mediar o bate-papo com a autora durante a Bienal, surtei bonito!
Antes do tal bate-papo, alguns fãs participaram de um encontro exclusivo com a autora. A fila para entrar na Bienal estava dando volta do pavilhão e passava na frente do hotel onde seria o evento. Cassandra saiu do carro na frente do hotel e ninguém da fila viu!!! Sabe o que foi isso? Muita reza para Raziel, porque senão ia virar Jogos Vorazes!
Enfim, depois de Cassie acomodada e todos os fãs surtando por dentro (cerca de 50 pessoas e muito comportados e felizes. Amei!), ela respondeu umas dez perguntas sobre a série e tirou foto da tatuagem da Babi Dewet, que revelou realmente ser uma Caçadora de Sombras. Ssshhhhh… não contem aos Mundanos!
Não fiz pergunta alguma porque faria durante o bate-papo e achei melhor os fãs terem a maior quantidade de chances possível para tirar suas dúvidas. Cassie foi muito simpática, brincou e deu brindes para o pessoal. Uma linda!
Quando fui autografar o meu box de “Peças Infernais”, disse que admirava muito a trilogia. Ela agradeceu, sorrindo, e perguntou minha personagem preferida. Disse que me identificava muito com Tessa, por não ser capaz de decidir entre Will e Jem. Ela respondeu “Eu sei! Eles são como duas metades de um cara perfeito, né? Queria que ela pudesse ficar com os dois”. E eu sorri, olhei para ela e disse “Ela meio que fica né?” e ela arregalou os olhos, indicando que não seria spoiler me contar “Eu sei! Incrível né?!”E rimos feito duas adolescentes!
Durante o bate-papo, chegou a informação de que muito mais fãs do que o sonhado estavam na fila para conseguir autógrafos. Cassie quis atender o máximo que fosse possível, então pediu que ao invés de dois livros por pessoa, autografasse apenas um para que mais pessoas pudessem ser atendidas. E tal pedido foi concedido, para a felicidade dos fãs.
Fomos para a Bienal depois disso e, assim que vi a Arena Cultural, entrei em mini pânico. Tudo bem que tenho uma década de experiência, mas TRÊS MIL ADOLESCENTES! Isso nunca aconteceu!
Respirei fundo e fui para o backstage, onde conheci a simpaticíssima Isabel Moreno que faria a tradução consecutiva para Cassandra e para a galera. Combinamos como seria tudo e ficamos esperando Cassie chegar para eu subir e apresentá-la.
Me senti na arena de “Gladiador”, com o coro “CASSIE! CASSIE! CASSIE!” ecoando do lado de fora. Chegou a hora, a porta abriu e milhares de rostinhos empolgados acompanharam minha caminhada até o centro do palco. Onde eu deixei o microfone cair.
Ai eu morri de vergonha. Fim.
Mentira! Fiz cara de OPS! e todos riram. Pronto. Nervoso foi embora e me senti uma só com a galera que veio de tudo que é canto do nosso enorme país para ver uma autora. Não era uma pop star, mas uma autora. Isso é lindo!
Expliquei como seria o evento e o pessoal prestou a atenção, aguardando ansiosamente a entrada de Cassandra. Quando ela entrou, pensei que o pavilhão viria abaixo tamanha a gritaria! A Ana Lima fez um vídeo. Olha só.
E o mesmo se repetiu no domingo! Sim, foram duas sessões abarrotadas de fãs! Em ambas, Cassandra respondeu minhas perguntas e as dezenas feitas pelos fãs. Recebeu presentes e se emocionou algumas vezes, uma delas ao ouvir o relato de uma fã com deficiência visual, mas que leu os livros em braile e que ouviu todas as histórias, pois sua amiga gravou todos os livros em áudio para ela. Por meio disso, a fã informou que conseguiu visualizar todo o mundo criado por Cassie. Preciso dizer que Cassandra chorou? E que todos choraram? Lindo demais, gente! Só de lembrar, me arrepio toda!
Teve fã de cosplay, com runas desenhadas até no dedão do pé, com pais e mães, com amigos. A alegria ao ouvir Cassandra falar foi geral e eu agradeço muito por ter feito parte disso.
Confira algumas novidades que Cassandra Clare nos contou (pode ser spoiler para alguém. Cuidado!).
– Tessa tem suas razões para não contar a Jace que eles são parentes. Uma delas é que Jace – ao contrário do que todos acham – não é o último Herondale!
– A ideia de fazer Clary e Jace passarem por um conflito no qual eles acreditam ser irmãos veio de uma história verídica que Cassie leu no jornal. Um casal apaixonado descobriu que eram irmãos, mas foram adotados por famílias diferentes na infância. Eles acabaram se separando, mas Cassie quis dar um solução mais feliz para Clary e Jace. (essa pergunta foi feita para mim pela fã Ana Julia, que me achou na praça de alimentação e pediu para eu perguntar. Arrasou Ana!)
– Cassandra Clare escrevia fanfics de Harry Potter antes de escrever sobre Caçadores de Sombras. E ela disse que passou a escrever enquanto o próximo livro de HP não era lançado. E o exercício da escrita a ajudou a desenvolver seus próprios personagens e a criar suas histórias.
– Por enquanto, Cassandra não tem planos ou vontade de escrever outras séries que não envolvam Caçadores de Sombras. Ela se disse muito inspirada por todos os fãs presentes e acha que de repente o Brasil poderá ganhar algum personagem nos próximos livros.
– O relacionamento de Alec e Magnus aconteceu naturalmente. Para Cassie, eles são personagens incríveis e que mereciam se apaixonar por outros personagens incríveis e foi isso que aconteceu. Nada de “vou escrever um casal homossexual” para ela. Simplesmente uma história de amor. Linda, by the way!
– Teremos mais Morgensterns nas próximas séries!
– O vilão de Dark Artifices será um personagem que já conhecemos e de quem gostamos! #todossurtam
– Julian, um dos personagens principais dos próximos livros, é absurdamente complexo e apaixonante. Já prevemos muitos suspiros.
– Ela quis modificar o personagem de Sebastian/Jonathan no final de “Cidade do Fogo Celestial” porque queria que víssemos, e que Clary visse, o lado bom dele. Queria que entendêssemos como ele poderia ser se Valentim não tivesse feito o que fez com ele. “É por isso que Clary chora. Ela chora a perda da pessoa que Jonathan poderia ter sido”, revelou Cassandra Clare.
E muito mais! Os bate-papos renderam muita gritaria e emoção e ficarão na memória de muitos. Se você não faz ideia do porquê para tal agonia? Leia “Peças Infernais” e “Instrumentos Mortais” e descubra. Junte-se a nós, Mundano!