Fui levada ao livro de Jojo Moyes por dois motivos: está virando filme e anda na lista dos mais vendidos há semanas. Não são dois motivos muito bons, eu sei. Comprei “Como eu era antes de você” sem saber quase nada da historia, sabia apenas que era uma historia de amor e mais nada. Bastaram apenas algumas páginas para entender o que estava por vir.
Fui uma criança na década de 1980 onde romances trágicos eram febre no cinema e isso fez com que na década seguinte a Sessão da Tarde passasse semana sim e semana também um romance que envolvia algum tipo de doença. Era uma espécie de versão cinematográfica do que está sendo conhecido como sicklit. Com todo esse conhecimento prévio na página 10 eu já tinha certeza do que iria acontecer com Louisa e Will.
Louisa é a ovelha negra de sua família e acaba de perder o emprego quando começa o livro. É na sua busca por um novo emprego, ela é o arrimo da família, que acaba conseguindo uma vaga como acompanhante de um tetraplégico, Will. O trabalho e por apenas seis meses que paga bem mais do que qualquer outra vaga. Como é de se esperar Lou e Will se estranham e depois começam uma rotina de provocações que melhora a vida de ambos.
Sim, Jojo Moyes usa todos os clichês disponíveis ao mostrar a relação de Lou e Will. Isso faz do livro algo ruim? Não, é exatamente o que o publico alvo dele espera. É um romance com R maiúsculo, com tudo que se espera encontrar e isso também é um problema, não há surpresas, não há uma virada na história que não seja óbvia. Isso tira para mim um pouco da graça mesmo que o desenvolvimento seja ótimo, que Lou seja uma boa personagem e que a história flua muito bem. Eu sempre busco algo mais em um livro e não achei isso aqui.
Lou foi um personagem tão cativante que Jojo escreveu uma continuação que também está na lista dos mais vendidos. Ainda tenho duvidas se lerei ou não, ela não me cativou tanto assim. Sicklit, definitivamente, não é meu tipo de leitura.
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