Resenhas

Entre condes e duquesas

Acabei de ler “A sedução da duquesa” (tradução de Daniela Rigon), de Lorraine Heath, que será publicado pela Harlequin no Brasil ainda esse mês. Li no original porque, quando acabei de ler o terceiro livro da série, “A filha do conde” (também traduzido por Daniela Rigon), não me aguentei e comprei todos que vinham depois e até um na pré-venda gringa. Os dois primeiros volumes dessa série já foram resenhados aqui (Desejo e escândalo e O amor de um duque) e, quando vim escrever a resenha do quarto livro me dei conta que não tinha escrito a do terceiro. Então essa vai falar de ambos.

Nessa série, Lorraine Heath conta a história da família Trewlove, todos filhos bastardos da nobreza e que foram entregues a Ettie Trewlove para que fossem “descartados”. Sim, é isso mesmo que você pensou. Mas ela os criou como dela e o resultado é uma família numerosa, unida e que não leva desaforo para casa. Nós, brasileiros, adoramos ler sagas familiares quando o assunto é romance de época e os Trewlove não são exceção. Embora eu tenha me derretido por Mick no primeiro livro e suspirado por Finn no terceiro, até o momento, o preferido dos irmãos é Aiden (do quarto livro) e meu livro preferido segue sendo o segundo, protagonizado por Gillie, a irmã que tem uma taverna.

Bem, como disse, os dois primeiros já estão resenhados. Então vamos para os próximos dois. Vou tentar não contar spoilers aqui, tá? Até porque essa saga tem MUITA reviravolta e surpresas que não estava esperando. Ela é uma das mais dramáticas que já li nesse gênero literário.

Conhecemos Lady Lavínia no segundo livro, pois ela é a noiva fugida que vai iniciar a treta da trama. E também sabemos que Finn Trewlove teve um passado com ela e que sentimentos ainda estão correndo soltos junto com muita mágoa. Esses dois protagonizam “A filha do conde”, um livro que conta capítulos no presente e no passado dos dois. Esse vai e vem temporal é a melhor maneira de contar como a atual mágoa se instalou nos corações deles e como o amor que segue ali foi criado, ferido e tenta sobreviver.

Essa é a sinopse de “A filha do conde”.

Era revoltante ver que ela estava ainda mais bonita do que quando a vira pela última vez, quando trocaram juras de amor e fizeram promessas que foram quebradas poucas horas depois… Os anos e a maturidade tinham acrescentado uma graça que Lavínia não possuía aos 17, quando Finn declarara o seu amor.

Será que ela ainda se lembrava dos momentos com carinho ou a memória também rasgava seu coração, como fazia com o dele? Lavínia o fizera de tolo. Nenhuma das lembranças que tinha dela deveriam ser agradáveis. Mas, em algumas noites, ainda ficava na cama encarando o teto, porque a imagem dela surgia sempre que fechava os olhos.

Cinco anos de sua vida em isolamento, e a única coisa para lhe fazer companhia, para mantê-lo são, era a lembrança que tinha dela. Aquelas memórias eram seu sustento. No começo, ele as invocava para alimentar a sede de vingança, de retribuição, mas a solidão fora aumentando até transformá-las em sonhos. As lembranças traziam a esperança de que o amor estaria esperando em algum lugar, que voltaria a tê-la, sorrindo para ele, rindo com ele, enchendo-o de alegria.

Lavínia não era mais sua — na verdade, nunca fora — mas, ainda assim, uma parte tola de si não conseguia se esquecer de quando quase a tivera, aquela garota que amara no passado.

Não sou muito a favor de colar sinopses assim nas resenhas, mas essa série tem certas reviravoltas e fico com medo de entregar algum spoiler sem querer. Enfim, essa é a trama do livro e QUE LIVRO! A história apresenta o trope “segunda chance” e “de inimigos a amantes” por tratar de personagens que já viveram uma história juntos, deu ruim e eles precisam trabalhar tudo isso do passado para conquistarem uma chance no futuro. O livro é muito bonito e foi o primeiro que me reduziu a lágrimas no final, porque a parada que acontece é muito, muito forte. Não é triste, mas é forte então leiam com lenços do lado.

Aí vamos para Aiden, o irmão mais arredio, mais “nunca vou me apaixonar” da família. Ele é dono de vários locais de “pecado”, inclusive um clube para mulheres – sim! A mulherada tem direito de fazer o que bem entender no Elysium. É lá que ele encontra Selena, devidamente mascarada porque ela é uma duquesa em uma missão. Essa missão e tudo que rola ao redor dela é spoiler se eu contar. Segue a sinopse:

Aiden Trewlove está acostumado a apresentar o pecado e o vício às damas mais ousadas da sociedade londrina em seu clube exclusivo para mulheres, mas sempre se mantém a uma distância segura, sem quebrar sua regra de se envolver com a clientela — ou pior, com a nobreza. No entanto, quando uma beldade mascarada aparece em seu clube certa noite, ele não consegue resistir à tentação de se aproximar. E fica ainda mais atraído quando ela lhe faz uma oferta pecaminosa, capaz de fazê-lo esquecer todas as suas regras.

Selena Sheffield, duquesa de Lushing, acaba de ser tornar viúva. Em seus seis anos de casada, nunca conheceu paixão ou soube o que era amar. E, apesar das aparências, não está no Clube Elysium para isso. Ela tem um objetivo claro, e o futuro de sua família depende de seu sucesso. Mas, à medida que começa a percorrer uma jornada de descobertas e prazeres inomináveis com Aiden, fica cada vez mais difícil para Selena lembrar de seus deveres.

Eu li esse livro virando a madrugada porque, toda hora, ficava me perguntando: “como é que eles vão sair dessa?”. Porque, se Lorraine Heath me fez chorar no livro anterior, ela me deixou muito angustiada nesse. “A sedução da duquesa” é um dos livros mais sexy que já li da autora, mais apaixonantes e envolventes também. Aiden é tão intrigado e apaixonado por Selena quanto ela é por ele. Mas a situação dela é muito, muito complicada. Claro que poderia ter sido resolvida antes, mas aí não teríamos livro e nem o grande gesto MARAVILHOSO que ela faz – sim, ela! – ao final do livro. Eu fiquei TENSA! Mas era necessário toda a jornada dos dois, todas as tretas que rolam para alcançarem o final feliz. E não, não é spoiler porque é romance de época, gente! Sempre tem final feliz!

Essa série conta a história da família Trewlove, mas é muito mais do que isso. Ela fala sobre privilégio, fala sobre preconceito social, fala sobre hipocrisia, igualdade. Ela se passa no século XIX, mas tem temas que poderiam ser do nosso século XXI. Vale muito, muito, muito ler essa série todinha. E o próximo livro é da Fancy, a irmã mais jovem que tem 18 anos e acabou de abrir uma livraria. Como não amar, gente?

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7 thoughts on “Entre condes e duquesas
  1. Nossa! Você apresentou e resumiu tudo perfeitamente. Não li o da Fancy . Agora estou lendo o de Aiden , to bem no começo mas to gostando dessa duquesa e suas sapequices. Tô lendo tambem o ARC de Fera apesar da mocinha estar sendo bem irritante, Fera compensa e está me fazendo gostar.
    Bjs, Myl

    1. Obrigada! Estou louca para ler o do Fera. Faltam poucos dias!
      Mas olha, acabei o da Fancy e MELHOR LIVRO DA SÉRIE! Vou resenhá-lo também 😉

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