Rupi Kaur veio com poemas que dilaceram o coração. Amanda Lovelace inflamou e expôs a alma. E vários outros poetas seguiram esse caminho de breves narrativas, histórias contadas em fragmentos, com ou sem rima, com ou sem métrica, mas sempre com muito sentimento.
O mais recente que li foi “Escrevi isso para você”. Escrito por Iain S. Thomas – que é escritor, artista de novas mídias e autor de diversos livros – “Escrevi isso para você” foi originalmente publicado em plataformas on-line e a versão impressa uniu textos a fotografias.
“Você sempre me diz que foi bom enquanto durou. Que as chamas mais intensas são as que queimam mais rápido. Ou seja, você via em nós uma vela. E eu via em nós o sol.”
Segundo a sinopse, o livro é uma coletânea de poemas contemporâneos sobre os diversos momentos do amor: a paixão e o encantamento dos primeiros tempos, o lento afastamento, a solidão a dois, a dor do fim e a esperança de novos começos. Mas lendo, eu não senti esse fluxo evolutivo. Com exceção de alguns poemas – que não sei ao certo se seriam considerados poemas ou fragmentos … complexo definir -, senti um tanto repetitivo na leitura.
A edição do livro é muito bonita e a capa, por trazer o não-comum de ser uma capa na vertical, mas com a foto que ilustra na horizontal, impacta de forma positiva. Mas o papel das páginas – talvez por razão da resolução das fotos – deu a sensação de estar vendo um catálogo fotográfico e não um livro. Achei impessoal demais.
Embora o impacto não tenha sido forte na leitura, o livro é uma boa opção de presente, principalmente para quem curte breves narrativas ou escreve esse tipo de texto. Sempre é bom mergulhar nas palavras, nos sentimentos dos colegas autores para entender como foi aquela experiência e como podemos guiar a nossa.
Destaque para os poemas localizados nas páginas 77, 178 e 196. Depois de ler, deixa aí o seu comentário sobre os que mais curtiu e o que achou do livro.
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