Adoro conhecer a literatura de vários lugares do mundo, junto com isso “A Febre do Amanhecer” (tradução de Edith Elek) conta uma cativante e real história de amor, li com tudo com um leve sorriso no rosto.
Dois húngaros sobreviventes de campos de concentração são levados para a Suécia para receber tratamento médico. Miklós é desenganados pelos médicos, resolve ignora-los e começa a escrever cartas para todas as moças húngaras que estão na Suécia em busca de uma noiva. Lili é uma das moças que recebe a carta, está de cama e por puro tédio resolve responder. A história parece criação saída da cabeça de Péter Gárdos, mas não é. A correspondência é a forma como seus pais se conheceram e se casaram.
Esse não é um livro viciante ou com grandes reviravoltas, é, em muitos aspectos, uma história singela e é isso que a torna uma leitura tão agradável. Ver aqueles dois jovens que viram e sobreviveram aos horrores do holocausto tentando reconstruir a vida, tentando redescobrir uma forma de viver, de seguir em frente e sonhar com algo melhor é lindo.
Dentre as razões que tenho para sempre buscar livros de diferentes partes do mundo está conhecer e aprender coisas novas, aqui descobri que sobreviventes de campos de concentração foram tratados na Suécia. Nunca tinha ouvido falar nessa parte da história, na verdade nunca tinha lido nada que começasse com a libertação dos campos de concentração e o que foi feito com os sobreviventes. Já coloquei na minha lista de coisas para pesquisar e conhecer mais sobre.
Voltando ao livro, ele é uma ode de Gárdos ao pai. É Miklós o personagem principal, é sua obstinação que leva a conquista e ao casamento com Lili. Tem algumas pequenas tramas de inveja no meio de tudo isso, mas nada que seja mais importante do que o amor e a luta por um futuro que esses dois jovens travaram.
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