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Monstros leêm?

Romantização do filme.

O Dark Universe da Universal, baseado nos monstros clássicos do estúdio, não deu muito caldo depois do fracasso de “A Múmia” estrelado por Tom Cruise, mas a Warner Bros. tem apostado suas fichas em outro universo de monstros: o MonsterVerse. O estúdio lançou “Godzilla” em 2014 e depois “Kong: A Ilha da Caveira” em 2017 – os fãs esperam ávidos pelo embate final, mas isso fica para outro post.

“Godzilla II: Rei dos Monstros” é a nova produção da Warner Bros., estreia hoje no Brasil. Uma continuação do reboot de 2014, onde membros da agência cripto-zoológica Monarch enfrentam uma sequência de monstros gigantescos, incluindo o poderoso Godzilla, Mothra, Rodan e a terrível “hidra alada”, King Ghidorah. Quando estas criaturas milenares – que se acreditava serem mitos – ressurgem, elas lutam pela supremacia, colocando em risco a existência da humanidade.

O filme é repleto de efeitos visuais e visualmente muito prazeroso de ver. O Godzilla do diretor Michael Dougherty é uma pura força da natureza, como diz o personagem de Ken Watanabe no filme. Algo muito mais antigo que nós, um mito descrito nas cavernas – um verdadeiro deus como os das lendas japonesas que deram origem à palavra Kaiju. Você sente isso nessa aparência sólida e colossal da criatura na tela. A visão dele emergindo do oceano é como ver uma placa tectônica se mover.

Mas, a história deixa a desejar. Pode-se dizer que a trama em si já foi desenvolvida no filme anterior e essa é simplesmente uma continuação, uma ponte para a próxima fase. mas convenhamos, quem vai ver Godzilla não quer muito papo de história, né? Eu lembro que uma das reclamações que os fãs tinham do filme anterior é que o filme tinha tornado a história num drama familiar.

A primeira aparição de Gojira (uma contração das palavras japonesas gorira que quer dizer gorila e da palavra kujira que quer dizer baleia) foi no filme homônimo em 1954 do diretor Ishiro Honda. Godzilla se tornou um símbolo da cultura japonesa e dos filmes do gênero tokusatsu (filmes que usam muitos efeitos especiais).

Graphic novel tie-in do filme.

Atingindo todos os níveis culturais do mundo, Godzilla também faz parte da leitura. Além da previsível romantização do filme, existe também a prequela em graphic novel, Godzilla: Aftershock, que narra a história da Dra. Emma Russell (Vera Farmiga no filme), agente da agência Monarch, e sua busca pelo mundo para descobrir os segredos milenares dessas criaturas enquanto é perseguida por uma figura sombria.

Se você curte destruição total, correria, explosões, luta livre entre monstros leviatanescos – então esse é o filme para você.

Agora, se monstros leêm? Não sei, mas fique até o final dos créditos! Não tem Nick Fury, mas tem surpresa.

*A imagem de destaque da resenha é do livro “Sad Monsters: Growling on the Outside, Crying on the Inside”

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