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O Rouxinol

o rouxinol

O drama de guerra de Kristin Hannah morou mais do que devia na minha estante tsundoku (palavra japonesa que quer dizer: comprar livros e não lê-los; deixar que pilha de livros não lidos se formem). Eu bem queria lê-lo logo, mas não gosto de pegar uma sequência de livros que falem basicamente do mesmo universo, nesse caso Europa durante a Segunda Guerra Mundial. Tendo dito isso o livro é bem envolvente e em duas sentadas estava devidamente lido.

“O Rouxinol” (tradução de Claudio Carina) relata a vida de duas irmãs francesas, Vianne e Isabelle, e como elas sobreviveram à guerra. A história é contada em dois tempos: uma senhora em 1995 lembrando seu passado na França ocupada e as duas irmãs durante os anos de ocupação nazista. Tive muita dificuldade de sentir qualquer tipo de simpatia pelas duas protagonistas no primeiro terço do livro. Nenhuma das duas é crível, Vianne é de uma inocência ímpar, dessas que chegam a irritar, já Isabelle é a rebeldia estereotipada, nada importa, apenas a sua rebeldia. Nenhuma das duas compõe um personagem com o qual eu conseguisse torcer ou simpatizar, eu só achava as duas extremamente burras e irritantes.

Do segundo terço do livro até o final as personagens entram nos eixos, crescem um pouquinho e é nesse momento que o livro torna-se viciante. A Guerra já está em pleno vapor e as duas estão lutando suas batalhas diárias, uma no interior tentando sobreviver enquanto o seu mundo vai desmoronando ao redor, a outra engajada na resistência lutando diariamente contra os nazistas. O único porém desse momento é o amor de Gaeton e Isabelle, ele é tão crível quanto o amor arrebatador entre Robert Redford e Faye Dunaway em “Três Dias do Condor”, ou seja, falta tempo para que toda aquela conexão se estabeleça, Kristin Hannah deu uma exagerada básica para criar esse romance e se esforça ainda menos com Vianne e Beck.

A narrativa da senhora em 1995 funciona como um pequeno suspense, não se sabe quem é até o ultimo capitulo e isso acrescenta ao todo, mais do que isso, dá ao final do livro um fechamento de uma serie de narrativas paralelas e a historia deixa o leitor no auge da emoção. É um bom livro, envolvente e que deve ganhar as telas de cinema em breve, espero ansiosa por ele.

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