Entrevista

Octavia Spencer, um Deus Maternal

A atriz Octavia Spencer veio ao Rio de Janeiro promover o filme A Cabana, que estreia dia 06 de abril nos cinemas. Em uma rápida coletiva de imprensa, ela falou um pouco sobre religião, fé e sobre ser Deus na adaptação do best-seller.

 

 

O livro A Cabana foi lançado em 2008, aqui no Brasil, e em pouquíssimo tempo era muito difícil conhecer alguém que não tivesse lido ou que pelo menos tivesse curiosidade de ler. Fenômeno editorial, em dois anos foram vendidas 10 milhões de cópias no mundo inteiro, tornando seu autor, William P. Young, milionário. Com uma linguagem fácil e uma história comovente, o livro demorou mas ganhou uma versão para o cinema, dirigido por Stuart Hazeldine. Dentre as escolhas de elenco para a adaptação, a mais acertada foi Octavia Spencer como Deus.

A atriz é serena e simpática, pena que a entrevista com ela foi bem rápida e o assunto abordado foi basicamente religiosidade e fé. Sim, o filme é sobre restaurar a fé, acreditar em Deus e no amor, mas alguém com uma carreira tão rica e interessante merecia conversar um pouquinho mais sobre suas experiências.

A turbulenta política norte-americana foi abordada logo no início da entrevista, quando alguém quis saber o que Deus falaria para Trump se eles se encontrassem, Octavia respondeu que ele precisa aprender a amar o próximo e se abrir para o amor, assim como o personagem do filme. Não levou para a frente o assunto e a partir daí conversou basicamente sobre o filme.

Comentou que muito antes de saber que iria estar no elenco de A Cabana, leu o livro mas também se sentia incrédula como o personagem principal, principalmente sobre perdoar e deixar o passado para trás. Mas, ao fazer parte de tudo de forma mais próxima, percebeu que a mensagem realmente é bem poderosa e agora entende a sua importância.

Falou sobre não ter se aproximado muito de Sam Worthington antes das filmagens, o que tornou mais crível o relacionamento dela com o personagem dele, já que ela precisava conquistar sua confiança e afeto. A forma como o personagem de Sam, Mack, aceita a mensagem que lhe é passada é bem natural e orgânica, para ela nada é forçado, o que torna o filme de fácil acesso a tantas pessoas.

Sobre Deus ser uma mulher, Octavia entendeu que seu papel ali era quase materno, o de um Deus benevolente, paciente e que quer tentar se reaproximar de alguém que se afastou. A atriz contou que é uma pessoa religiosa, que procura meditar e pensar em Deus todos os dias pela manhã, por isso foi difícil interpretá-lo. Porque ela precisava interpretar de acordo com o livro, mas achou importante levar seu ponto de vista. Conversou com um pastor sobre religião para poder montar seu personagem. Porém ela sentiu uma grande pressão em fazer um papel tão importante para ela.

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