O primeiro livro de Dani Atkins, “Uma Curva no Tempo” (2015, tradução Raquel Zampil, Editora Arqueiro), é mais uma história que explora a ideia de vidas paralelas. Não é inovador, são inúmeros os escritores que exploraram o tema, mesmo assim história de Rachel é uma graça, triste, é verdade, mas boa de ler.
Rachel é uma adolescente de 18 anos que está com um grupo de amigos comemorando o final do colégio. É nesse momento que sua vida completamente, um acidente muda a sua vida e mata o seu melhor amigo. Deste momento em diante sua vida é apenas uma sombra do que ela imaginava que seria. Cinco anos se passam e ela acorda no hospital e se depara com uma realidade alternativa. Uma realidade muito melhor do que a que ela deixou. Ela realizou seus sonhos, está noiva e, principalmente, seu melhor amigo está vivo. Porque alguém passaria horas tentando provar que a sua realidade triste e cheia de traumas existe se o que está vivendo é muito melhor? Essa é a pergunta que permeia todo o livro. É a jornada de Rachel.
Não há nada de novo em ”Um Curva no Tempo”, essa é uma história bastante contada. O que diferencia cada um é a forma e a forma de Dani Atkins é envolvente, sua escrita constrói a trama aos poucos e vai seduzindo o leitor. O romance vai crescendo, não existe dúvida de que escolhas Rachel tem que fazer para ser feliz. É uma daquelas leituras que tranquilas que podem ser feitas em uma sentada.
A história de Rachel tem um pequeno mistério: o que aconteceu para que existam duas realidades? A resposta é meio óbvia e até as pistas que Atkins vai deixando ao longo das página já preparam o leitor para o desfecho do romance. Matei o que iria acontecer antes mesmo de abrir o livro, só lendo a orelha, mas não desanime, não é o fim que faz um livro e sim a jornada de leitura. Essa falta de surpresa no que vai acontecer não compromete a experiência da leitura, “Uma Curva no Tempo” continua sendo uma boa leitura.
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