Quando li o título “Como se casar com um marquês”, deixei lá no fim da minha lista da Julia Quinn. Embora romances de época coerentemente desenvolvam tramas sobre a mulherada encontrar seus maridos (por amor e não por dinheiro), fico com aquela pedra no sapato quando leio um título desses. Mas aí, na larica JuliaQuinnesca que me levou a “Como agarrar uma herdeira” , segui para o segundo e último livro da série “Agentes da Coroa” e me surpreendi novamente!
Em “Como se casar com um marquês” conhecemos Elizabeth, moça de família falida e que se tornou responsável pelos três irmãos mais novos depois do falecimento do pai. Ela trabalha como acompanhante de Lady Danbury, SIM, a melhor personagem EVER! Lady D, por sua vez, pede ao sobrinho que venha passar um tempo com ela para ajuda-la a descobrir quem a está chantageando. Mas ele precisa se fazer passar por um dos empregados para proteger sua identidade e resolver a questão. Enquanto isso, Elizabeth encontra o livro “Como se casar com um marquês” na biblioteca de Lady Danbury e decide se basear nele para conseguir conquistar um marido e salvar a família da falência completa (porque era a única outra alternativa que tinha!).
Ah, detalhe, a identidade do sobrinho de Lady D? Marquês de Riverdale, o terceiro personagem do livro “Como agarrar uma herdeira”! SIM! UM MARQUÊS! Mas é claro que ele suspeita que a chantagista é Elizabeth e ela, por sua vez, testa suas táticas aprendidas nele, sem saber de sua fortuna. Preciso dizer que os dois se apaixonam perdidamente um pelo outro e que dá a maior treta quando a verdade é revelada?
“Como casar com um marquês” é mais um livro delicinha da Julia Quinn e que não pode faltar na sua lista se estiver em busca de um romance bem gostoso de ler. O que acho ótimo em todos os livros de Quinn – e muito forte neste – é o feminismo. Sim, porque suas heroínas, embora presas as convenções da época e precisando agir em coerência com elas, são extremamente empoderadas e decididas. Em um momento, ao ler o livro de Lady D. , Elizabeth se ataca, pois acha que sua posição é desvalorizada. Afinal, ela sozinha deu conta de manter a si e aos três irmãos vestidos, alimentados e com um teto sobre sua cabeça e sem homem para tal!
E James, nosso Marquês, é um personagem delicioso de se ler. Ele, por sua vez, não quer se envolver com uma mulher que esteja atrás de seu dinheiro e, ao conversar com Elizabeth, nota como seus privilégios vão muito além do dinheiro e como a mulher não é valorizada.
Em suma, o livro é uma delícia e vale muito a pena ler ambos e na ordem. Não precisa, mas é bom para ter a história toda amarradinha! Lindo, lindo!
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