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Crave, a Marca

Em primeiro lugar preciso dizer que nunca nem li Divergente, então não sou um dos fãs da Veronica Roth que pode ter se interessado pelo livro por conta da autora. Eu gostei bastante da sinopse mesmo, que apresentava a história como: “Num planeta em guerra, numa galáxia em que quase todos os seres estão conectados por uma energia misteriosa chamada “a corrente” e cada pessoa possui um dom que lhe confere poderes e limitações, Cyra Noavek e Akos Kereseth são dois jovens de origens distintas cujos destinos se cruzam de forma decisiva. Obrigados a lidar com o ódio entre suas nações, seus preconceitos e visões de mundo, eles podem ser a salvação ou a ruína não só um do outro, mas de toda uma galáxia. Primeiro de uma série de fantasia e ficção científica, Crave a marca é aguardado novo livro da autora da série Divergente, Veronica Roth, e surpreenderá não só os fãs da escritora, mas também de clássicos sci-fi como Star Wars.”

A verdade é que eu não criei expectativas muito altas, mas acabei me surpreendendo positivamente. A trama se passa em outra Galáxia, que é entremeada por uma força que concede dons aos seus moradores, essa força é chamada “Corrente”. No início achei a trama um pouco confusa, existem diversos planetas, e os personagens principais, Akos e Cyra, são integrantes de planetas diferentes, mas com o decorrer da história você vai ficando mais familiarizado com os detalhes do universo e tudo flui de uma forma mais natural.

Apesar de viverem vidas praticamente opostas, Akos e Cyra acabam tendo seus caminhos cruzados quando Akos e seu irmão são sequestrados e levados para Shotet (planeta de Cyra). A trama corre em torno das diferenças entre as populações e dos planos de Akos para fugir e também de Cyra, que acabam atrapalhados por serem forçados a conviver. Os conflitos entre os planetas, as insatisfações e, é claro, o dom de cada um são os aspectos que enriquecem a trama e a tornam tão fantástica. O amadurecimento dos personagens e as reviravoltas na história é que dão o toque mais especial, o que eu achei mais interessante foi exatamente acompanhar esse progresso e desenvolvimento da história. É difícil falar do livro sem dar muitos spoilers, mas posso dizer que é daqueles que faz subir nossa adrenalina, há muitas cenas de luta e muitos momentos absolutamente cinematográficos, descritos com uma riqueza e, ao mesmo tempo, uma objetividade de detalhes, que dá pra imaginar perfeitamente cada situação.

Os capítulos são divididos entre Akos (em terceira pessoa) e Cyra (em primeira pessoa), o que foi uma das coisas que me deixou um pouco confusa no começo, mas, como já disse, você rapidamente se habitua e passa a identificar naturalmente o que está sendo contado. Os personagens em geral são bastante bem construídos, assim como esse novo universo (mesmo sendo nítido que Veronica bebe em muitas fontes de ficção científica). O livro termina com um forte gosto de quero mais, e a curiosidade aqui ficou forte para a continuação da série, que a princípio será uma duologia. Bem, como “não fã de divergente”, posso dizer que gostei bastante da escrita de Veronica Roth e que “Crave – A Marca” vem pra agradar a muitos, não apenas os fãs da autora ou de séries como Star Wars. É daqueles que a gente precisa botar fé e aguardar passar um pouquinho o começo, porque quando embala você lê mais de 400 páginas até o fim.

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