Sempre ouvi falar de Neil Gaiman e conhecia por alto seu trabalho, que realmente é genial. Mas não tinha lido nenhum romance dele antes de ler “O Livro do Cemitério” (li esse antes de “Oceano no Fim do Caminho”).
Como sabem, eu AMO histórias góticas e macabrinhas e “O Livro do Cemitério” é simplesmente perfeito nesse sentido! A história é puxada e tensa desde as primeiras páginas: um assassino silencioso entra na casa de uma família e a assassina friamente. Enquanto os crimes estão sendo cometidos, o bebê consegue escapar de seu berço e sair da casa antes que o assassino chegasse até ele. E o bebê consegue refúgio em um cemitério, sendo acolhido pelos fantasmas que lá habitam.
Os fantasmas o adotam e batizam o menino de Nobody Owens (ou Ninguém Owens, apelidado Nin em português e Bod em inglês). E Nin cresce no cemitério, sem poder ainda se aventurar fora de seus portões, pois o assassino de sua família continua tentando terminar o trabalho.
Depois da tensão do início do livro, Gaiman nos ajuda a relaxar ao narrar a “vida” que os fantasmas levam no cemitério. Ao contar as aventuras de Nin no lugar, vamos conhecendo seus excêntricos habitantes e nos envolvendo cada vez mais com essa galerinha do além.
É engraçado e emocionante e macabro e Gaiman! Nunca mais olhei para um cemitério da mesma maneira depois de ler esse livro!
O lindo de “O Livro do Cemitério” é acompanhar o crescimento e amadurecimento de um personagem vivo que é cercado por morte. Essa dualidade é de um equilíbrio e de uma sensibilidade incríveis. Minha personagem preferida é Liza Hempstock (Isso mesmo, da mesma família de “O Oceano no Fim do Caminho”!). Ácida, sensível, sarcástica e extraordinária: essa é Liza! Pena não poder falar mais porque seria um MEGA SPOILER!
O ritmo da narrativa começa e termina de forma ágil, mas fica um pouco lento no meio do livro. Mas tudo é coerente com a história sendo contada. A magia de Gaiman fica evidente nesse livro, que também tem uma edição ilustrada linda, linda!
Se você procura um livro com temática de Halloween, mas tem medinho do escuro, leia “O Livro do Cemitério”! Fantasmas assustam menos do que os vivos, isso pode-se ter certeza!
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