Em homenagem ao Dia do Escritor vamos conversar, esse mês, sobre a obra do King que deveria ser obrigatória, não apenas para seus fãs, mas para todos que tem a pretensão de um dia escrever um livro: Sobre a Escrita – A arte em memórias, lançado no Brasil em 2015 pela editora Suma de Letras e com tradução de Michel Teixeira.
O que mais é comentado nessa coluna é o quanto Stephen King é ativo no Twitter, falando sobre política, sobre sua corgi Molly e, principalmente, sobre filmes, livros e séries. Desde muito novo o autor é obcecado por cultura pop e nunca deixou de acompanhar e se manter atualizado. Ele é uma grande influência para muitas obras que estão surgindo nos últimos anos, mas continua sendo influenciado por muita coisa também, como fica claro em todos os seus livros. Sempre citando personagens, músicas, artistas, filmes, etc. Um livro do King é mais do que um instrumento para contar uma história, ele é também um retrato fiel da época em que sua trama acontece.
Com toda essa bagagem, lá em 1981, King escreveu um livro sobre várias obras de terror que o influenciaram, “Dança Macabra”, relançado pela Suma de Letras em 2013, com tradução de Louisa Ibañez. Entre análises de obras famosas e obscuras, o bom humor do autor transparece ao mesmo tempo que ele já comenta um pouco sobre sua vida. Todos sabem onde ele mora em Bangor, no Maine. Ainda mais com uma casa que chama tanta atenção como a dele (casa que está na foto que ilustra essa coluna todos os meses), ao mesmo tempo ele é muito fechado sobre sua vida pessoal.
Em 1999, Stephen King foi atropelado por uma van, enquanto caminhava pela estrada perto de sua casa no Maine, e ficou um bom tempo sem escrever. Em 2000, o primeiro livro que lançou foi Sobre a Escrita – A arte em memórias, uma forma de expurgar tudo de ruim que passou por causa do acidente. O interessante é que a forma que ele encontrou para exorcizar esse momento tão ruim de sua vida foi falando sobre escrever, dando conselhos e dicas a novos escritores, além de comentar sobre sua vida. O livro é dividido em cinco segmentos: o primeiro onde ele fala sobre sua vida, tudo pelo qual ele passou até se tornar um escritor famoso, a importância de seu relacionamento com Tabitha e sobre os problemas que ele teve com álcool e drogas. As segunda e terceira partes, ele fala sobre escrever, sobre sua rotina, como se sente em relação à escrita e a importância de usar a gramática corretamente. Na quarta parte ele continua seus conselhos para os novos escritores e por fim, termina seu livro, falando sobre seu acidente, na quinta parte.
Antes de ser escritor em tempo integral, King foi professor, mas ele nunca curtiu a rigidez do meio acadêmico, por isso, seu livro tem uma linguagem bem acessível e que, como em quase todos os seus livros, envolve o leitor. Um presente enorme para os fãs conhecerem melhor seu método de escrita e para aqueles que pretendem começar a escrever. Uma excelente forma de comemorar o Dia do Escritor.
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