Filme

Vingadores: Ultimato

RESENHA SEM SPOILERS!

Vamos direto ao que interessa: depois de um ano (ou 11) de expectativa, temos um fecho satisfatório pra essa fase do Universo Cinematográfico da Marvel?

Siiiiiim, e com louvor. “Vingadores: Ultimato” consegue costurar elementos e personagens dos 21 filmes anteriores num final épico, vibrante, colossal e ao mesmo tempo intimista e tocante. Não esquece de quase ninguém. As três horas são absolutamente necessárias para contar a história e dar espaço a todos os personagens. Alguns mais, outros menos – senti falta de uma certa personagem, outras esperava que aparecessem mais. Mas quando aparecem, brilham.

Não que seja perfeito. O roteiro de Christopher Markus e Stephen McFeely usa de alguns artifícios meio forçados. Mas eles fazem isso com tanto entusiasmo, e com a ajuda do carisma do elenco acabam conseguindo convencer o espectador. O filme todo é feito com esse cuidado de agradar os fãs, mas não apenas de dar o que os fãs esperam. Eles fazem isso sim, é filme pra gritar e aplaudir. Mas ao mesmo tempo tem surpresas, alguns personagens são desconstruídos e reconstruídos de forma inesperada.

Não é um filme para novatos, mas isso também se aplicava a “Guerra Infinita”. O ritmo é intenso, então roteiristas e diretores partem do pressuposto de que nós conhecemos aquelas personagens, não precisamos de muita explicação, e segue o jogo.

Eu disse que o ritmo é intenso, mas é preciso esperar um pouco. Tenham paciência: o começo, com os sobreviventes de “Guerra Infinita” lidando com a tragédia, é um pouco lento. Mas o esforço para lidar com a sensação de perda é um dos temas centrais do filme, esse lado intimista é fundamental para construir o arco maior da história. Quando a trama principal dispara, ninguém segura mais.

Pode-se dizer que o tema da série inteira da Marvel é a pergunta: “o que torna alguém um herói?” Vemos isso respondido de maneiras diferentes em todos os filmes, do primeiro “Homem de Ferro” até “Homem-Formiga & a Vespa”. É a disposição para o sacrifício, pensar nos outros primeiro, não desistir nunca. “Ultimato” serve como afirmação final disso, e da importância de ser aquilo que você acredita ser o certo, mesmo que não seja exatamente o que os outros esperam.

Essas são apenas algumas considerações preliminares, depois, quem, sabe, a gente volte ao assunto depois que todos assistirem e a gente possa discutir alguns assuntos mais a fundo sem preocupação com spoilers.

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