Coluna

Assim eu memorizo

Eu li uma vez que, se você escrever o que aprende num caderno com suas próprias palavras e depois as disser em voz alta, como se estivesse explicando pra alguém, sua capacidade de armazenar a informação vai ser infinitamente maior. Eu fui testar, claro. Meus amigos adeptos do método científico ficariam orgulhosos de mim. E não é que deu certo?

O negócio é o seguinte, escrever palavras-chave num bloquinho é pra quando você já sabe um assunto e está se preparando para dar uma palestra sobre ele. Quando a ideia é memorizar, o ideal é escrever como se estivesse falando sozinho, repetindo o que tá sendo dito no livro só que com seu jeito, suas palavras. Tudo bem que nem sempre dá pra fazer isso, porque leio no ônibus, na rua, na fila da padaria, aí fica difícil parar e fazer anotações, o que é terrível e sempre me arrependo depois porque tenho a memória fraca para algumas coisas e, agora, vou ter que reler um bando de coisa. =)

Era de se esperar que num e-reader isso fosse mais fácil, mas que nada! Tenho a maior preguiça de anotar no sistema de digitação dos e-readers antigos com os quais tive contato. Lentos demais! Se os novos estão melhores para isso, por favor, me deem um de presente.

Um monte de gente fala de métodos de estudo que corroboram com o que estou falando, a parte de fazer anotações e explicar o conteúdo para si mesmo, fazer resumos, enfim. O negócio é ver se funciona pra você. Muitas pessoas me perguntam como deve ser o processo criativo de um escritor, como ele deve se organizar, que tipo de estrutura usar, essas coisas. Essas perguntas são muito comuns em palestras que dou em escolas e em bate-papos em eventos por aí. Eu sempre fico meio com um pé atrás na hora de responder, porque, apesar de eu já ter publicado contos e um romance, eu não tenho anos de carreira para provar pra alguém o que é mais funcional, até porque o que é bom pra um não necessariamente é bom pra outro, certo? Eu gosto sempre de ressaltar isso.

Então, o que normalmente costumo fazer é contar minha trajetória e como eu me organizei pra escrever o #Fui. E se ajudar alguém, beleza, vou me sentir honrada e realizada! Alguém me pediu para falar sobre o processo de criação do livro no YouTube e logicamente que amei a ideia! Eu já tinha tido vontade de falar sobre os bastidores e algumas curiosidades mesmo, esse foi o empurrão que eu estava precisando para sentar e gravar.

Quem quiser conhecer a série de vídeos onde eu falo sobre a estrutura, o processo de escrita, o trabalho com a editora e muito muito mais, tô subindo tudo na playlist #Fui lá no meu canal do YouTube. Dá uma olhada e depois me conta o que achou.

E para fechar nosso assunto inicial de fazer anotações e memorizar, convido vocês a conhecerem a playlist Escrita Criativa, que criei recentemente. Mês passado comecei a estudar o livro Story sobre escrita e roteiro, do autor Robert McKee, e todo domingo tem um vídeo abordando um capítulo novo. Os vídeos são basicamente o que falei no início; minhas anotações sobre o que o Robert McKee fala, mais ou menos com minhas palavras, e gravadas (well… bem…) com meu jeito maluquinho de ser.

Espero que gostem!

Pretendo fazer isso com todos os livros técnicos que pegar pra ler a partir de agora, inclusive os que já li. Vou ter que reler para fazer anotações e poder gravar, mas, tranquilo, isso é ótimo, porque, pelo menos, assim eu finalmente memorizo. =)

#Fui

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