Continuo determinada na minha jornada de leitura de todas as obras urbanas de José de Alencar. O livro da vez é “Diva” e pela primeira vez entendi a ojeriza que muito dos meus amigos de colégio tinham de Alencar. O livro é chatíssimo.
Como nos livros anteriores os narradores tem alguma conexão, Paulo, o protagonista de “Lucíola” recebe cartas de Amaral que relata seu relacionamento com a jovem Emília. Amaral é um jovem médico que antes de embarcar para uma temporada na Europa salva vida de uma jovem recatada chamada Emília. Quando retorna ao Brasil a jovem tornou-se uma bela mulher que o despreza.
Emília é uma personagem chatíssima, voluntariosa, mimada e instável. Fica em um morde e assopra com o coitado do Augusto Amaral o livro todo. Primeiro não quer vê-lo, depois não quer que ele a toque, passam uns dias e tudo o que ela quer é passear com ele pelo jardim. As conversas entre Amaral e Emília são enfadonhas, com ele se declarando a cada minuto e ela o repelindo.
Todas as mulheres de Alencar tem esse espírito voluntarioso e são capazes de mudanças radicais de humores e amores. Em algumas isso é as torna mais interessantes, como em Lucia, ou as torna poderosas como Aurélia. Aqui essas características só tornaram Emília ainda mais chata. Passei o livro torcendo para que Amaral se apaixonasse por Julinha, uma personagem bem mais legal.
Continuarei na minha saga de ler todos os romances urbanos de José de Alencar, estou dedicada a essa tarefa. Diva me desanimou um pouco, é verdade, mas seguirei firme.
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