Sétimo volume da série “A Mediadora” de Meg Cabot é muito mais sombrio do que esperávamos
Uma das características que mais me atraiu na série “A Mediadora”, de Meg Cabot, é a personalidade da protagonista. Suze Simon é uma jovem segura de si, que não liga muito para o que os outros acham, faz qualquer coisa por aqueles que ela ama e se amarra em sarcasmo e em despachar fantasmas para o Além. Como não amar Suze, não é mesmo? Então li loucamente os seis livros da série, até porque, além dela, Jesse (o gatinho) é TUDO DE BOM (com caps lock mesmo!). Não vou mentir: o sexto livro fecha a série direitinho, mas deixa uma vontade absurda para saber o que acontece em seguida (estou tentando MUITO não falar spoilers!).
Aí, depois de anos, a Meg DIVA Cabot nos trouxe um conto lindinho (“O Pedido” – que você pode ler gratuitamente aqui, mas que traz spoilers sobre os 6 livros. Até a sinopse do sétimo é um spoiler) e o sétimo volume “Lembrança”(Galera Record), que está com uma capa lacradora.
O que eu esperava de “Lembrança”: Romance. Jesse. Suze despachando mais fantasmas.
O que eu recebi ao ler “Lembrança”: Romance. Jesse. Suze despachando mais fantasmas. Cenas Hot. E uma trama extremamente sombria.
Vamos falar sobre a parte light: se você é fã de Jesse e Suze, cuidado ao ler esse livro em lugares públicos. Não é nada muito gráfico, mas momentos de “ai-meu-Deus-eu-estou-corando” vão rolar. E por eles eu serei eternamente grata à Meg Cabot.
O que eu não estava esperando era uma trama tão sombria e, infelizmente, tão atual. Se você pensou em abuso, acertou em cheio. Por mais que “Lembrança” esteja na fronteira entre Young e New Adult, esse é o livro mais sombrio da série no sentido de temática. E para livros que lidam com morte o tempo todo, isso é algo a se refletir.
Meg não é explícita ao descrever abuso ou a colocar algumas cenas em questão e é justamente isso que incomoda. O “não dizer” da forma que a autora colocou no livro diz, sim, muito. É essa dor disfarçada, esse incômodo constante e a angústia de algumas personagens fazem o livro ficar muito sério. E isso é bom sim. Abuso – seja sexual, físico ou psicológico – não é algo que deveria ser tabu. Para lidar com ele e evitar que continue a acontecer, o assunto precisa ser discutido e é esse um dos temas que o livro aborda.
Não vou falar mais nada além disso e do fato que TEM GANCHO PARA MAIS LIVROS!
Leiam e vamos debater!
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