Que venha 2017
Ter a primeira coluna do ano carrega uma responsabilidade ainda mais que esse ano demorou a chegar, 2016 tinha uma aura de interminável. Como pode tanto ter acontecido em apenas doze meses? O ano do macaco acabou e estamos a beira do ano do galo de fogo, segundo o horóscopo chinês o novo ano só começa no dia 28 de janeiro.
Nessas ultimas semanas fiquei pensando no Tempo e me lembrei de uma aula de literatura sobre Nelson Rodrigues que tive no colégio em que o professor apresentou a tese de que nós percebemos a passagem do tempo conforme o nosso aproveitamento do mesmo. A ideia dele era que se se está muito envolvido com algo, uma conversa, uma seriado, um filme, um livro não percebemos o tempo passar, quando nos damos conta horas se foram e nem nos demos conta. Já quando não temos nada para fazer ou estamos fazendo algo de que não gostamos o tempo demora, nós olhamos tanto para o relógio que parece que o tempo está parado. Eu desejo que 2017 passe voando, repleto de boas conversas, risadas e com capítulos e páginas.
2016 não me deu muita chance de ler como gostaria, nem sei como consegui ler 38 livros (bem abaixo da minha média, diga-se de passagem). Li muito jornal, revista, analise, minhas leituras estavam mais ligadas com Brasília e Curitiba do que com mundos fantásticos, crimes insolúveis ou aventuras viciantes, infelizmente. Sem desligar do que acontece em nosso país quero poder me dedicar as pilhas de livros que se acumula na minha casa. Quero de volta as tardes dedicadas as páginas, o degustar de cada palavra, cada frase. Quero poder saborear as narrativas com calma e depois de bem digeridas vir aqui compartilhar com vocês.
Esse novo ano não será fácil, não se iludam, mesmo assim espero conseguir aproveita-lo mais. Quero ter ainda mais livros para ler e ter tempo para esses e os que já moram comigo, quem sabe até reler os favoritos, planos não faltam.
Para começar bem o ano vamos de Caetano Veloso cantando o tempo :