Resenhas

Fábulas Selecionas de La Fontaine

Eu tinha ouvido falar muito de Jean de La Fontaine, típico autor clássico que você conhece, mas nunca leu. Um dia me deparei com uma promoção na Cosac Naify e lá estava o livro das tradicionais “Fábulas Selecionadas de La Fontaine”, e eu aproveitei a oportunidade. O livro ficou lá na minha estante por um tempo, dando lugar a muitas outras leituras mais “urgentes”. Por ocasião da efeméride de seu falecimento – que foi em 13 de abril de 1695 -, tive um novo motivo para lê-lo.

Considerado o pai da fábula moderna, La Fontaine escreve de forma leve e concisa, e a leitura flui de forma muito fácil. As fábulas são curtas e com uma moral da história muito clara, todas repletas de animais falantes e situações imaginárias de uma sensibilidade ímpar. São 36 fábulas, e eu as li continuamente, sem cansar nem notar, em apenas um final de semana. Mas também vale ler uma por dia, ou abrir em uma página e lê-las fora de ordem, na “sorte” do que pode lhe inspirar naquele dia. É um livro para ser lido e relido, pois cada momento de sua vida pode fazer com que as pequenas histórias lhe proporcionem impactos diferentes, com suas “morais”. Uma opção realmente maravilhosa para se ler para crianças, as fábulas são belas e delicadas, nada parecidos com aqueles Contos de Fadas Sangrentos antigos, como os dos Irmãos Grimm e companhia.

A edição que possuo, da editora Cosac Naify, conta com o prefácio original da primeira edição (1668), escrito pelo próprio La Fontaine. Ela ainda é bilíngue, português-francês, com página a página de fábulas originais versus as versões traduzidas pelo poeta Leonardo Fróes. O livro conta, também com as singelas ilustrações de Alexander Calder (também conhecido como Sandy Calder), renomado artista estadunidense. Uma cereja preciosa em um bolo já deliciosamente recheado.

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