Comecei a ler “A Empregada” (tradução de Roberta Clapp) sabendo quem existiam reviravoltas, na verdade fui pegar o livro exatamente porque sabia das reviravoltas e o li buscando as dicas de quais elas seriam. Esse conhecimento pode prejudicar a leitura de muita gente, não me incluo nesse grupo, mesmo quando sei o que vai acontecer adoro saber como o autor chega até lá e como deixa pistas.
Millie está em uma situação deplorável, acabou de sair da prisão, foi demitida e despejada e é assim que chega para a entrevista de emprego para se tornar governanta na casa de Nina e Andrew Winchester. Ela acha que não tem a menor possibilidade de conseguir o emprego que lhe dará não apenas uma renda mas também um teto. Ela consegue o emprego e aqui começa a história.
O emprego dos sonhos começa a se apresentar meio estranho já de largada, com a apresentação do quarto, que tem uma janela que não abre e uma porta que só fecha por fora, depois são as atitudes erráticas de Nina, mas Millie suporta tudo, é sua única esperança de continuar fora da cadeia. É tudo muito exagerado, é tudo muito despropositado e contrasta com a gentileza e normalidade de Andrew. Tudo é construido para que Millie odeie Nina e se apaixone por Andrew e é exatamente isso que acontece. Não vou dar mais detalhes, mas é aqui que começa a primeira reviravolta. Não achei assim tão surpreendente, mas coloca o livro na sua segunda metade e em ouro rumo.
A segunda metade se divide em contexto e os acontecimentos e aqui eu acredito que poderíamos ter um pouco mais de suspense, mais tempo dedicado a Millie e o presente e menos ao passado que nos levou até ali, não é nada que comprometa, mas o livro muda de ritmo aqui. É a preparação da segunda reviravolta, não é tão surpreendente como a primeira, as razões estão escritas e são construidas para isso e já montando a estrutura para um segundo livro que está por vir mesmo.
“A Empregada” é um bom thriller com protagonistas femininas e pensando nele como uma série fica mais interessante ainda.
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