Livros

Museu dos Escritores Americanos em Chicago

Aqui no Cheiro de Livro também tem dicas de viagem. Essa é pra Chicago. A cidade tem museus maravilhosos, como o de História Natural e o de Ciência e Indústria. Mas também vale passar umas horas num lugar mais discreto. 

Um prédio relativamente pequeno no centro de Chicago esconde um grande tesouro: o American Writers Museum. Ele ocupa apenas um andar do prédio, mas é a prova de que com boas ideias é possível montar uma exibição ao mesmo tempo simples e rica. 

Logo na entrada, term um espaço grande dedicado ao primeiro contato que geralmente temos com os livros: a literatura infanto-juvenil. Estão ali clássicos como O Mágico de Oz, de L. Frank Baum, As Aventuras de Tom Sawyer, de Mark Twain, e Mulherzinhas, de Louisa May Alcott. 

O maior espaço é dedicado a uma grande linha do tempo que reúne não só perfis dos grandes escritores americanos, mas também os coloca no contexto histórico em que viveram. Ali o visitante pode ver as preocupações que moldaram grandes obras da literatura. É uma aula de história e de como se contar a história, juntando objetividade e clareza a uma riqueza de conteúdo. Passei fácil mais de uma hora só nesse corredor, e poderia facilmente ter ficado mais ainda. 

Pra relaxar, depois vem uma sala de leitura, pra quem quiser sentar um pouquinho, pegar um livro e ler.

No espaço para exibições temporárias, quando estive lá uma mostra homenageava o centenário de Ray Bradbury, nascido ali perto em Waukegan, uma cidadezinha que hoje faz parte da região metropolitana de Chicago. Uma prateleira tem brinquedos que cercavam o autor em seu escritório – e que o visitante pode tocar e até brincar. 

Nesta máquina, Ray Bradbury escreveu Fahrenheit 451

Uma mesa com vários modelos de máquinas de escrever permite que a geração que cresceu com os computadores experimente o que era bater num teclado mecânico em papel. E um desafio: a cada dia, os curadores deixam uma frase, que o visitante deve continuar com outra frase, até que ao fim do dia se complete um conto a várias mãos. 

Um corredor seguinte discute a relação dos autores com a escrita, com dicas e reflexões. E finalmente, um espaço dedicado a escritores de Chicago, como o jornalista e roteirista Ben Hecht, ganhador do primeiro Oscar de Roteiro Original, e roteirista de vários filmes de Alfred Hitchcock.

Ainda bem que a lojinha do museu não tem uma livraria, se não…

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