Sou uma fã declarada de Rubem Fonseca. Fiquei aguardando o seu novo livro chegar as livrarias para poder lê-lo logo. “Carne Crua” é um livro de contos com menos de 200 páginas e tem tudo o que fez toda a merecida fama de Fonseca.
São 26 contos, todos curtos, alguns são como poesia e todos trazem os traços que fazem a obra de Fonseca ser única, ou seja, são relatos ácidos, crus e que retratam pessoas às margens. Muitos assassinos profissionais, alguns policias e prostitutas e muitas histórias de amor.
Contos são tão profundos quanto qualquer romance e quanto mais concisos mais complexo é para o autor construir todo aquele universo. Aqui Fonseca mostra que domina essa arte, precisa de poucas páginas para construir suas histórias e as termina no momento exato deixando no ar questões para que seu leitor leve adiante. O conto que dá nome ao livro é um dos meus preferidos e mesmo que tenha me dado vontade de que a história fosse adiante sei que tem o tamanho exato.
Sou uma grande leitora dos contos de Fonseca, foram eles que me fisgaram para a sua literatura lá na minha adolescência. Sentar, pegar “Carne Crua” e ser incapaz de coloca-lo de lado até que, infelizmente, o ultimo conto terminasse, me fez lembrar de onde vem todo o meu amor pelas histórias do autor. A crueza dos seus personagens, a acidez com que ele escreve assassinatos e assassinos é fascinante. Guardo um amor especial para os assassinos profissionais que ele cria. Nesse livro temos o que não mata anões e o que precisa matar Papai Noel, dois ótimos contos, por sinal.
O conto que dá titulo ao livro talvez seja o meu preferido, é sobre um homem que ama carne crua. Não vou dar spoiler sobre o que acontece em um texto de poucas páginas. Direi apenas que vocês deveriam correr para a primeira livraria, comprar o livro e lê-lo todo, se deliciando com cada página e cada conto.]
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