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A Garota no Trem – O Filme

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A Garota no Trem” veio na esteira de “Garota Exemplar”, ou seja, protagonistas femininas nada adoráveis em tramas bem elaboradas. Não é surpresa que ambos os livros tenham virado filmes e bons filmes.

O roteiro de Erin Cressida Wilson é uma adaptação fiel ao livro, uma das mais fieis que vejo há tempos. Até alguns diálogos foram levados das paginas para as cenas iguais. A única grande mudança é de cenário, saímos de Londres e vamos para Nova York, isso gerou uma certa gritaria entre os fãs do livro. Gritaria desnecessária, a mudança de cidade não interfere em nada na trama.

Como no livro a trama se desenrola através das três mulheres: Rachel (Emily Blunt), Anna (Rebecca Furgunson) e Megan (Haley Bennett). Nada é linear e o tempo vem e vai construindo um mosaico que no final revela o cenário completo. A opção de muitos closes feita pelo diretor Tate Taylor, a falta de cor nas cenas e a música de Danny Elfman compõe um conjunto que dá o clima do filme, um policial sem grande suspense e que vai enredando o espectador.

A estrela inconteste do filme é Emily Blunt que criou uma Rachel no tom certo, com essa atuação é até possível sonhar com umas indicações na temporada de prêmios. Rachel é uma personagem complicada, alcoólatra, persegue o ex-marido, Tom (Justin Theroux) e faz tudo e mais um pouco para gerar o desprezo dos leitores e espectadores. Blunt, nos momentos mais bêbados e nos mais lúcidos, brilha e ofusca seus companheiros de cena e olha que as cenas tem bastante planos fechados nela.

O filme tem um ritmo lento que pode incomodar alguns, para mim é o ritmo certo e necessário para construir todo o clima que culmina na resolução de um assassinato. Os que leram o livro e os que não verão um bom filme policial.

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