Livros Resenhas

A Catedral do Mar

“Catedral do Mar” (tradução de Cristina Cavalcanti) é desses livros que passam anos na minha estante e quando finalmente eu pego para ler fico me recriminando por ter demorado tanto. Eu devi ter desconfiado que era um bom livro para mim, ganhei em várias vezes de presente.

A obra de Ildefonso Falcone pode levar ao engano de se tratar de uma história sobre a construção da Catedral de Santa Maria do Mar em Barcelona, a construção até está ao longo da narrativa, mas esse é um livro sobre a Espanha medieval, as relações entre nobres e camponeses, sobre as cidades e sua organização. Falcone conta a história de Arnau Estanyol, filho de um camponês que foge para Barcelona, e tem a vida ligada a sua devoção a Nossa Senhora do Mar e a construção da Catedral. A religião é fundamental na narrativa uma vez que a Inquisição e seus horrores têm lugar privilegiado nesse livro.

“A Catedral do Mar” fala bem menos sobre arquitetura e construção do que o clássico “Os Pilares da Terra”, aqui a Catedral é mais pano e fundo para que Falcone fale sobre devoção, a força da igreja e as estruturas sociais medievais. Para tornar tudo isso interessante nós seguimos um clássico herói literário. Arnau é um bom e correto, isso faz o seu sucesso e, de certa forma, sua ruína. Todas as suas atitudes são movidas pelos melhores princípios, sempre.

O livro é envolvente mesmo com todas as pausas para explicar como funciona a estrutura social da época ou as eternas guerras feitas pelos mais diversos Reis. É impossível não torcer por Arnau e suas paixões. Mesmo nos momentos em que ele se vinga você tende a concordar com suas atitudes.

Não vou estragar as reviravoltas da história, vou apenas dizer que são muitas e bem legais. “A Catedral do Mar” e suas mais de 500 páginas vale muito a leitura. Agora vou assistir a adaptação que tem no Netflix.

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