Douglas Adams, para mim, é sempre sinônimo de “O Guia do Mochileiro das Galáxias”. Quando vi que a editora Arqueiro estava lançando “Agência de Investigações Holísticas Dirk Gently” corri para garantir o meu. Tenho que confessar que não li todos os livros da série mais conhecida de Adams, na verdade, li apenas o primeiro livro e fiquei encantada com o humor, nesse livro não senti tanto esse traço, mas o estilo de Adams está lá e é inconfundível.
Fantasmas, um sofá preso, um monge eletrônico, um assassinato e um detetive que crê que todos esses elementos estão relacionados é o que move a narrativa desse livro de Adams. A história é contada em pequenos pedaços, pulando da visão de um personagem para o de outro e cada pequeno detalhe é importante para o todo. Parece meio confuso, e em alguns momentos é mesmo, mas no final tudo faz sentido.
Richard é abordado por um antigo amigo, Dirk Gently, depois que escala o prédio de sua namorada para apagar uma mensagem que deixou na secretaria eletrônica dela. Richard é um programador que está desenvolvendo um programa que transforma tabelas orçamentarias em musica e tentando entender como seu sofá ficou preso no vão da escada. É essa dupla, Dirk e Richard, que nos conduz pela maioria da historia. Richard é o incrédulo, Dirk o detetive que diz estar tudo relacionado.
O humor típico dos textos de Adams deixam a leitura leve que, em alguns momentos torna-se complexa. A historia dá tantas voltas e Dirk, nosso principal guia nos mistérios encontrados, é tão confuso e lacônico que chega a confundir o leitor. Mesmo em meio a uma historia tão cheia de reviravoltas, com debates de física quântica, a leitura é ótima. Me fez ter um pouco de vergonha na cara e colocar no topo da pilha para ler o restante da série do “Guia do Mochileiro das Galáxias”. Douglas Adams é mesmo um mestre com um estilo único e envolvente.
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