Descobri “Um Homem Chamado Ove” de Fredrik Backman ouvindo o ótimo podcast do Manual do Usuário e de cara o livro ganhou um lugar no coração. O filme sueco de de mesmo nome está na minha lista há tempos e foi isso que me levou a “O Pior Vizinho do Mundo” a adaptação americana do filme.
O título brasileiro do filme não é muito bom, Otto, como os americanos rebatizaram o Ove original, é ranzinza mas não é um mal vizinho e ele é vivido por Tom Hanks, é meio difícil comprar a ideia de que Hanks possa ser uma péssima pessoa. Voltando ao filme em si, o roteiro é bastante fiel a ideia central do livro: idoso solitário encontra uma família em seus vizinhos.
A adaptação perde um pouco do charme ao não transportar o nacionalismo de Otto, caberia facilmente em um filme americano, o que se tem é apenas uma disputa de marcas. A fixação na indústria sueca do livro pinta um personagem mais interessante do que o que é apresentado no filme.
A mudança de nacionalidade dos vizinhos assim como a adaptação da trama sobre o despejo dos vizinhos não mudam o essencial da história. Otto continua sendo um vizinho ranzinza que se preocupa, continua mostrando a formação daquela pequena comunidade. Está tudo ali. O que mais me fez falta é a cena inicial do livro de Otto em uma loja da Apple, uma cena que seria memorável com Hanks a estrelando.
“O Pior Vizinho do Mundo” é um bom filme, levinho, daqueles para ver para relaxar. Terminei de ver e me deu uma enorme saudade de Ove, o original do livro.
Veja o Trailer: