Viagens no tempo sempre me encantam mesmo que existam uma quantidade enorme de histórias que usem essa artimanha só para explicar problemas sérios com enredos. Foi essa minha atração por viagens no tempo que me levou até “Antes que o Café Esfrie” de Toshikazu Kawaguchi. Aviso logo que tenho alguns problemas com literatura japonesa, simplesmente não consigo mergulhar naquela visão de mundo e esse livro é japonês. Feitas todas essas considerações essa é uma ótima leitura.
Cada livro que usa viagem no tempo estabelece suas próprias regras, aqui elas vão sendo apresentadas aos poucos mas são bem definidas. Você ficará no passado enquanto o seu café estiver quente é a principal, não vou dar spoiler das demais. Nesse universo um elemento típico das histórias de terror japonesa como as do filme “O Chamado” os fantasmas e assombrações tem representação física e podem mesmo tocar em você. É o caso da mulher que fica sentada no lugar capaz de enviar qualquer um em uma viagem no tempo, seja para o futuro, seja para o passado.
O livro é a adaptação de uma peça de teatro para livro e isso transparece ao longo da história, não é um problema, mas explica o grupo pequeno que se repete nas cenas. É mais um elemento narrativo de teatro do que de literatura. As historias contadas são de diferentes formas de amor e como um pequeno instante de resolução podem mudar o seu presente e não da forma que se espera.
“Antes que o café esfrie” é uma leitura rápida e um ótimo livro sobre relações pessoais, arrependimentos e amor.
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