Faleceu, no dia 12/12/2021, a escritora de ficção gótica Anne Rice. Vampiros reconfigurados Na década de 70, ao publicar o romance Entrevista com o Vampiro (1976), Rice reconfigurou o gênero da literatura vampiresca[1] e trouxe, de forma contundente e política, questões acerca do homoerotismo e novas configurações afetivas e sexuais para a cena. A autora… Continuar lendo Anne Rice, Entrevista com o Vampiro
Autor: Diego Paleólogo
The Grip of It – a novel
1. Alguns livros nos chamam Is it harder to begin something or to keep it going? Julie Uma história pode demorar para assentar. Não raramente, retorno aos livros que já li, redescubro as narrativas e me aprofundo nas entranhas, nos meandros e interstícios dos textos. É como passear em um corpo, demorar-se na pele, nos… Continuar lendo The Grip of It – a novel
Frankenstein 1816 e 2020: breve exercício de corte e costura (isso não é uma crítica)
Frankenstein ou O Prometeu Moderno Mary Shelley, tradução de Santiago Nazarian Zahar, Clássicos Zahar em Edição Bolso de Luxo Introdução Quem me acompanha sabe da obsessão que mantenho com Frankenstein – menos com o monstro e mais com as possibilidades e mitologias inauguradas naquela fatídica estadia em Villa Diodati. Nas narrativas que ali brotaram se… Continuar lendo Frankenstein 1816 e 2020: breve exercício de corte e costura (isso não é uma crítica)
as reações das imagens diante de 2019
Cheiro de Livro _____________________________ § Em 2017 Steve Rose cunhou o conceito de pós-horror, marcando temporalmente uma estética, um ethos e um pathos e seus respectivos fins e superações. Rose anunciava que “um novo tipo de filme de horror aparecia nas salas de cinema – filmes que substituíam o jump-scare por um pavor existencial”. O… Continuar lendo as reações das imagens diante de 2019
Nunca use uma porta… se puder fazer uma
“O meu nome é Jubileu… e eu explodo as coisas.” X-Men, A Noite dos Sentinelas não-ser Há um problema – uma dança – em ser. O tema, no caso de ser um tema, já foi bailado pela filosofia ocidental e oriental em toda a sua confabulação. Ser é pensar, não ser, sexo, consumo, plástico, artifício… Continuar lendo Nunca use uma porta… se puder fazer uma
oh, sim, eu estou tão cansado, mas não pra dizer
____________________ Realmente. Estou exausto. Desde o segundo semestre de 2018 eu ando cansado, me cansando a cada passo, a cada conversa, festa, série, transa, sonho. E não me importa, honey Fiz meu café hoje — sem coluna, não consigo escrever. Sentei na frente da TV e, mecanicamente, parei em algum jornal diário das 10 da manhã, ao… Continuar lendo oh, sim, eu estou tão cansado, mas não pra dizer
A carne da casa
Não havia mais nada que justificasse aquela casa, aqueles quartos e aquelas paredes ainda de pé; os encanamentos enferrujados apareciam aqui e ali como fraturas expostas em carnes ressecadas. Toda demolição era, também, um processo de soterramento. As memórias, os ossos, as pequenas lembranças que assombravam as paredes e as crianças e cavalos que haviam… Continuar lendo A carne da casa
jamais fomos humanos – parte 1
ensaio de uma dança não dançada; fragmentos sujos; jamais fomos nem seríamos humanos – pré-introdu_accion 1 há algum tempo sem escrever. 2018 foi me roubando, como um parasita. primeiro o corpo, depois o chão e em seguida as palavras. cabelo, unhas e dentes, oh my! 2 Estou há algum tempo sem escrever, sem conseguir… Continuar lendo jamais fomos humanos – parte 1