O quarto e penúltimo livro da série de Eloisa James com base em contos de fadas é bem diferente dos demais. Leitoras de romances de época estão acostumadas a testemunhar os orgasmos múltiplos na primeira vez da protagonista virgem. Pois é, minha gente, na ficção de época é normal a moça se explodir em fogos de artifício logo na primeira vez. Mas isso é bem diferente do que acontece em “A Torre do Amor” (tradução de Lívia Almeida).
Temos a jovem e cobiçada Edith – ou Eddie -, filha única de seu pai e madrasta Layla. No seu primeiro baile de debut na sociedade, Eddie está MUITO doente, com uma febre alta e uma dor de cabeça latente, o que a torna silenciosa e quase etérea. Vários jovens da sociedade se enamoram pela bela moça, afinal, ela dançava muito bem e não abria a boca, mas apenas sorria. Esposa perfeita, né? Só que não.
O Duque Gowan Kinross, escocês e todo cheio de responsabilidades, sabe que precisa de uma esposa e vai “às compras” em Londres. Nesse baile, ele vê Eddie, dança duas vezes com ela, trocam duas palavras e ele faz uma enorme oferta para o “passe” da jovem. Porque era assim: mulherada era praticamente comprada. Ninguém merece!
Continuando, Gowan está todo feliz com a aquisição, mas Eddie mal lembra da cara do noivo. Eles trocam cartas e logo notam que ambos têm personalidades fortes e aí sim a real atração começa a acontecer. Voltam a se encontrar e é claro para todos ao redor que ambos estão apaixonados, algo que Eddie não esperava que fosse acontecer, pois seu primeiro e único amor até então tem sido a música que toca em seu violoncelo.
Eles casam e aí vem a primeira noite dos dois – porque SIM, aqui o jovem másculo, rico e gostosão é virgem também! MILAGRE! E a primeira noite deles é péssima para ela! E é por isso que digo que “A Torre do Amor” é bem diferente: ele não trata do apaixonar entre duas pessoas, mas de prazer na cama. Ele trata de sexo, minha gente!
Em paralelo à história do casal principal, temos a da madrasta de Eddie, Layla, que é apaixonada pelo pai de Eddie, mas está enfrentando uma crise conjugal. Admito que me envolvi muito mais com essa história do que com a de Eddie porque o angst era um espetáculo! Mas os últimos capítulos do livro – quando Eddie e Gowan têm o seu angst também – fizeram o tempo que investi valer muito a pena.
Da série de contos de fadas, o meu preferido continua sendo “Quando a Bela Domou a Fera”, seguido por “A Duquesa Feia” e então por “Um Beijo à Meia-Noite”. “A Torre do Amor”, embora a ousadia da temática para um romance de época seja excelente, fugiu um pouquinho às minhas expectativas. Mas tudo bem, porque Gowan é uma delícia de ler e eu queria ser amiga de Eddie.
Ah, uma coisa legal é que o quarteto Smythe-Smith é citado no livro e o evento onde Eddie e Gowan se encontram após o noivado é o casamento de Honoria e Marcus, um dos meus casais preferidos da Julia Quinn (protagonizam “Simplesmente o Paraíso”). A amizade de duas autoras incríveis dá nisso, gente! Adoro!
Os livros da série de contos de fada não são sequenciais, então você pode escolher os contos e/ou sinopses que mais gosta e ler sem preocupação. Como adoro Eloisa James, estou lendo a série toda, que chegará ao fim com “Esse Duque É Meu”, inspirado em “A Princesa e a Ervilha”. Essa série é uma boa dica para quem quer começar a ler romances de época, mas não queria pegar livros em série. Então se joga aí e conta aqui nos comentários os preferidos!
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